O segundo, e último debate, entre os líderes dos partidos com assento parlamentar, transmitido esta segunda-feira na televisão pública, foi (ainda) mais dinâmico do que o anterior nas rádios, tendo como principais protagonistas António Costa (PS), Catarina Martins (Bloco de Esquerda) e Assunção Cristas (CDS). Mais 'apagados' estiveram Rui Rio (PSD), Jerónimo de Sousa (CDU) e André Silva (PAN).
As líderes do CDS e Bloco foram as primeiras a chegar à Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. A Catarina e Assunção, seguiu-se o líder do PAN, do PSD, da CDU e, por último, o do PS.
Se na primeira parte do debate, Costa, Cristas e Catarina foram os mais interventivos, com o líder do PS a 'oferecer' até um presente à centrista, na segunda parte, Rio 'acordou' e entrou em ação, apresentando números e contas feitas com "recurso à máquina de calcular".
Mas a marcar esta segunda parte do último debate entre os seis partidos com assento parlamentar ficou também o tema Geringonça, com a coordenadora do Bloco a deixar nas entrelinhas um recado ao líder socialista porque, sustentou, o mais importante é "evitar uma crise".
Costa não apreciou a intervenção de Catarina - que revelou uma reunião 'secreta' na manhã de 4 de outubro de 2015 entre o PS e o Bloco -, e o PCP, também membro da geringonça à Esquerda, optou por não deixar quaisquer garantias de futuro e antes por destacar "os passos importantes" que os comunistas ajudaram a dar como em relação aos manuais escolares e aos passes sociais.
A assistir a esta troca de recados 'geringonços' estiveram André Silva (que não se pronunciou), Assunção Cristas e Rui Rio que disse estar presente "arranjos, que devem ser tratados em casa", e para os quais não pagou bilhete.
De referir que a 'tensão' e troca de palavras entre o líder do PS, António Costa, e da líder do CDS, Assunção Cristas, que marcou os debates na Assembleia da República, durante a legislatura, se manteve ao longo de todo o debate e com direito, esta segunda-feira, a troca de documentação e "dedinhos estendidos".
Encerrados os debates entre os líderes dos partidos com assento parlamentar, fica a restar apenas um frente-a-frente entre os partidos sem representação parlamentar e que concorrem às eleições legislativas de 6 de outubro.