Assunção Cristas anuncia que vai deixar a liderança do CDS
Líder do CDS não vai recandidatar-se à liderança do partido e marca congresso extraordinário do partido.
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Política Assunção Cristas
A primeira grande reação da noite eleitoral coube a Assunção Cristas. A líder do CDS-PP acaba de anunciar que vai convocar um Congresso Nacional do partido, estatutariamente previsto para março de 2020, e colocou o seu lugar à disposição perante as projeções desta noite de eleições.
Assunção Cristas afirmou que deu o seu melhor ao longo de quatro anos e que, perante o resultado das eleições deste domingo, optou por demitir-se e não se recandidatar no próximo congresso.
"Em fase dos resultados tomei a decisão de não me recandidatar. Tenho a certeza que o CDS encontrará forma de reconstruir o seu futuro", disse.
Assunção Cristas assume resultado do CDS-PP esta noite "com humildade democrática" e deixa o cargo de presidente do partido desejando a António Costa "sucesso na condução dos destinos do país".
Numa declaração sem perguntas dos jornalistas, não esclareceu se iria, por exemplo, assumir o seu lugar de deputada.
Como já tinha feito nas semanas anteriores, Cristas atirou indiretamente ao PSD, reafirmando que o "CDS foi oposição forte e construtiva a um governo socialista, apoiado pelo BE, CDU e pelo PAN", mas que "muitas vezes" se sentiu isolado.
Assunção Cristas afirmou ainda que deu o seu melhor durante quatro anos, mas, "em face dos resultados", a sua opção é sair.
E sobre o futuro, a presidente dos centristas pronunciou uma frase: "Tenho a certeza que o CDS, partido estruturante da nossa democracia, encontrará forma de construir o seu futuro e contribuir para a construção de uma alternativa de centro e direita em Portugal."
A declaração de Assunção Cristas foi cerca das 21:00 e, passada meia hora, às 21:30, já a líder demissionária estava de saída da sede do partido, em Lisboa, acompanhada pelo marido, entrou no carro da família e partiu com um pedido. "Boa noite e bom descanso. E agora deixem-me descansar a mim também."
À hora a que saiu da sede do largo Adelino Amaro da Costa, o cds ainda não tinha eleito qualquer deputado e tinha uma votação a rondar os quatro por cento, de acordo com os resultados provisórios das legislativas.
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