Joacine Moreira diz que "não há lugar para a extrema-direita" na AR

A cabeça de lista do Livre por Lisboa, eleita nas legislativas de domingo, afirmou hoje que "não há lugar para extrema-direita no parlamento", salientando que o seu partido será "a esquerda anti-fascista e anti-racista".

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Lusa
07/10/2019 00:51 ‧ 07/10/2019 por Lusa

Política

Eleições Legislativas

"Não há lugar para extrema-direita no parlamento português", gritou Joacine Katar Moreira no púlpito montado na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa, após confirmar que tinha garantido a eleição.

A eleição de Joacine Katar Moreira à Assembleia da República foi confirmada às 00:25 de segunda-feira.

No início da noite, o fundador do Livre Rui Tavares congratulou-se com a possibilidade de o partido eleger deputados, mas manifestou-se preocupado com a hipótese de a extrema-direita chegar à Assembleia da República, apelando a um "exame de consciência".

A deputada eleita pelo círculo de Lisboa adiantou que o Livre "será a esquerda verde no parlamento português".

"[Seremos] a esquerda ecológica que defenderá um novo pacto verde necessário para proteger o planeta, para deixarmos aos nossos e às nossas um mundo melhor", reforçou.

Joacine Moreira também garantiu que o Livre vai será "a esquerda feminista radical".

Num curto discurso, de cerca de cinco minutos, a cabeça de lista por Lisboa afirmou que o partido está ansioso com a nova etapa, agradecendo a "confiança dos portugueses".

"Estamos ansiosos, sedentos", exclamou Joacine Moreira, garantindo que o Livre será também "uma voz desconfortável" e que não chegou ao parlamento "para confortar ninguém, nem maiorias, nem minorias".

Perante cerca de 100 pessoas, a deputada eleita considerou que a noite de vitória "não é dia de discurso", mas, sim, "de revolução, de dançar".

No fim da noite, Joacine Katar Moreira respondeu ao secretário-geral do PS, António Costa, após este ter dito que estava disponível em fazer acordos com o Livre.

"Primeiro, ele [António Costa] que esclareça o que quer efetivamente. Numa altura destas, aqui, não somos nós que necessitamos de dar resposta a isso, nós incentivamos que aqueles partidos [Bloco de Esquerda e CDU] que se uniram antes que façam um esforço enorme de entendimento", concluiu, em declarações à imprensa.

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