Em comunicado enviado pela sua assessoria de imprensa, o Chega refere que apesar de André Ventura "ter demonstrado vontade de fazer uma breve intervenção na sessão de hoje [sexta-feira], resolveu a senhor presidente da Assembleia [da República] não lhe dar o uso da palavra, não lhe permitindo a inscrição para o efeito".
Para o partido recém-chegado à Assembleia da República (AR) "esta é apenas a primeira das muitas limitações que vêm sendo preparadas para reduzir à mínima expressão a palavra e ação do partido".
O Chega afirma que "este tipo de limitação está desenhado em grande parte pelo Partido Socialista e pelo presidente da Assembleia Dr. Eduardo Ferro Rodrigues", pelo que considera "ser sua obrigação fazer saber da sua indignação e insatisfação para com aqueles que pelos cargos que ocupam deveriam ser um exemplo".
Perante isto, o partido com assento no extremo direito do hemiciclo comunicou ter tomado a decisão de "não se fazer representar" na tomada de posse do Governo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dá hoje posse ao XXII Governo Constitucional, chefiado pelo socialista António Costa, e composto por mais 19 ministros, e 50 secretários de Estado.
Após a cerimónia de tomada de posse, que decorrerá no Palácio da Ajuda, em Lisboa, o Governo reúne-se em Conselho de Ministros.
Nos primeiros conselhos de ministros após a posse dos governos, a agenda inclui a preparação da apresentação do Programa do Governo na Assembleia da República e a lei orgânica do novo executivo.
Na sequência da vitória eleitoral do PS nas legislativas de 06 de outubro, António Costa foi dois dias depois indigitado primeiro-ministro pelo Presidente da República.
No passado dia 15, António Costa apresentou ao chefe de Estado a lista dos 19 ministros e três secretários de Estado sob sua dependência direta que irão integrar o XXII Governo Constitucional.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro recebeu o assentimento de Marcelo Rebelo de Sousa em relação aos restantes 47 secretários de Estado que farão parte da sua equipa.