O Presidente da República discursou, como é protocolo, logo depois de dar posse ao novo Executivo liderado por António Costa. Marcelo Rebelo de Sousa lembrou António Costa que o seu primeiro governo "beneficiou de uma conjuntura internacional muito favorável e um contributo herdado, em matéria de défice e de início de crescimento do governo que o antecedera".
"Aos objetivos apontados em 2015 e 2016, que superaram as expetativas, outros foram prosseguidos, mas deixando por resolver, ou resolver cabalmante, questões essenciais para o nosso futuro coletivo", afirmou.
Dirigindo-se diretamente ao primeiro-ministro, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que António Costa "sabe que não há recursos para tantas e tamanhas expectativas e exigências" dos portugueses e que, por isso, os próximos tempos serão difíceis.
"E que o segredo da legitimidade do exercício deste Governo residirá na escolha, na hierarquização, na concentração e na clareza das respostas que entender ser possível dar", acrescentou.
O Presidente lembrou ainda que "está onde sempre entendeu dever estar, representante uninominal de todos os portugueses, institucionalmente solidário e cooperante com os demais órgãos do poder político" de forma a "garantir a estabilidade, salvaguardando em permanência a sua indeclinável missão de fusível de segurança do sistema de governo constitucional", concluiu.