Joaquim Jorge reagiu, esta quarta-feira, à polémica no seio interno do Livre. Considerando que tem sido "bombardeado constantemente" com o tema, o fundador do Matosinhos Independente enviou 'farpas' à única deputada eleita do Livre.
"Desde a apresentação na Parlamento, [de Joacine Katar Moreira] com um assessor vestido de forma diferente (de saia)", e com "o seu problema de fala (gaguez), que o Livre anda nas bocas do mundo político português".
Atirou o também fundador do Clube dos Pensadores (CdP), num texto enviado à redação do Notícias ao Minuto, que "Joacine que não é muito versada em Parlamento". É, como clarificou, "uma recém-chegada que se absteve num voto de condenação dos colonatos ilegais de Israel na Palestina e falhou a entrega do seu projecto sobre a lei da nacionalidade, uma prioridade do seu programa".
Mas antes disso tinha tirado "uma foto em frente a um dos quadros expostos no salão nobre da Assembleia da República, contra o regime colonial e escravatura, mas teve azar porque esse quadro representa a 'receção a Vasco da Gama pelo Samorim de Calecute'".
Perante estas circunstâncias, considerou Joaquim Jorge que a deputada do Livre "mostra que é inculta e que não percebe nada do funcionamento de um Parlamento. Deveria ser mais humilde e menos arrogante, mas está deslumbrada com os holofotes da comunicação social".
O problema, diz, "é que Joacine foi eleita para defender os pontos de vista do Livre e não para andar a dar espectáculo sempre que intervém. A deputada gera publicidade, mas é negativa, fala-se dela, mas por más razões". Porém, "a culpa não é dela".
Para o biólogo de formação, a culpa é de "quem a colocou na lista de deputados pelo círculo de Lisboa em número 1. Porque não foi colocado Rui Tavares?". Ora, "o problema do Livre é que com este começo é o princípio do seu fim".
Já quantos aos portugueses, defende Joaquim Jorge que "não querem saber destas coisas". Estão, isso sim, "preocupados com o aumento do salário mínimo" e se "vão ter aumentos ou, daqui a pouco, todos ganham pela salário mínimo".
São simultaneamente preocupantes os casos de "violência doméstica e de morte, a protecção dos idosos, se o Serviço Nacional de Saúde vai melhorar, a falta de pessoal nas escolas, entre outros. Isso é que é importante, agora se o Livre mantém Joacine ou não e as suas diatribes, não interessa nada aos portugueses, que olham com desprezo e perplexidade".