A Comissão Política vai debater e decidir sobre os seguintes pontos da agenda dedicada às eleições internas nacionais de sábado: se abre ou não as sedes do partido para a votação; se admite a participação dos 104 militantes que o PSD nacional diz estarem aptos a votar na região; se admite os 2.500 militantes que a estrutura regional do PSD reivindica terem direito a votar; se impugna ou não as eleições, nomeadamente, a decisão do Conselho de Jurisdição, que não aceitou os votos da Madeira.
"Se eles dizem que mandam, então que venham fazer as eleições", disse esta fonte, defendendo que, no caso do Tribunal Constitucional decidir a favor do PSD/Madeira, "tudo volta à estaca zero".
O atual presidente do PSD Rui Rio venceu as eleições diretas de sábado com 49,44% dos votos expressos, segundo os resultados provisórios divulgados pelo Conselho de Jurisdição Nacional, mas não conseguiu a maioria absoluta, pelo que terá que disputar no próximo sábado uma segunda volta com Luís Montenegro, que obteve 41,26% dos votos.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais Miguel Pinto Luz ficou em terceiro, com 9,3%, e já assegurou que não irá manifestar apoio público a nenhum dos outros dois candidatos.
O CJN decidiu não contabilizar os votos da Madeira por estarem em desconformidade com o caderno eleitoral - a estrutura regional falava em 2.500 militantes em condições de votar, a secretaria-geral em apenas 104 -, e o seu presidente, Nunes Liberato, realçou que os dados divulgados não alterariam o desfecho das eleições diretas deste sábado.
Ainda assim, a polémica poderá não terminar por aqui, já que o secretário-geral regional do PSD-Madeira, José Prada, anunciou que haveria recurso caso estes votos fossem anulados ou excluídos.