Em declarações aos jornalistas no final do IX Congresso do Livre, a deputada considerou que "esta época irá obviamente ser uma época ainda um bocado agitada".
No primeiro dia da reunião magna que aconteceu em Lisboa, no sábado, os congressistas decidiram adiar a decisão sobre a retirada da confiança política à deputada, como propôs a Assembleia, numa resolução.
Joacine Katar Moreira considerou que, daqui para a frente, as partes vão necessitar de conversar e encontrar-se "imensamente" e "regularmente", bem como decidir "o que é preciso alterar, o que se pode melhorar.
Na resolução, a Assembleia queixava-se precisamente de falta de disponibilidade e respostas por parte da deputada aos contactos feitos.
"E, especialmente, é preciso que haja cedências de parte a parte, e eu ainda estou disponível para isso", adiantou, comprometendo-se a fazer as cedências que "forem necessárias para não inviabilizar a confiança dos eleitores depositaram" no Livre.
"Mas qualquer cedência da minha parte precisa de ser no que diz respeito ao meu trabalho e precisa de ser obviamente com base na verdade absoluta", alertou, advogando que "o que não houve foi exatamente isso".
Aos jornalistas, a deputada eleita em outubro apontou que, "efetivamente, não houve uma cisão" e que também "nunca houve uma unanimidade" dos órgãos face ao seu futuro.
"Eu ainda estou aqui, ainda sou deputada única e, especialmente, porque ontem [sábado] houve uma votação que a maioria dos militantes votaram para que eu iniciasse com a nova Assembleia, e com os novos órgãos, efetivamente a que houvesse maneira de eu ser ouvida", sublinhou antes de se ausentar do Congresso, que decorreu em Lisboa.