Telmo Correia e Nuno Melo revelam apoio quando apresentarem moção

O deputado Telmo Correia e o eurodeputado Nuno Melo não quiseram revelar o candidato à liderança do CDS-PP que vão apoiar, e remeteram tal anúncio para a intervenção ao congresso, para apresentar a moção conjunta.

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Lusa
25/01/2020 13:09 ‧ 25/01/2020 por Lusa

Política

Congresso CDS

Telmo Correia e Nuno Melo, que apresentaram uma moção ao congresso mas não um candidato à liderança do partido, chegaram juntos ao 28.º Congressos do CDS-PP, que arrancou hoje e termina no domingo, em Aveiro.

Aos jornalistas, o eurodeputado afirmou que esta moção tem uma "liderança bicéfala" e salientou que "a melhor das surpresas seria ter um congresso com elevação, com institucionalismo, um congresso que tenha que ver com o que o CDS sempre foi, uma lição, independentemente de todas as divergências, de educação e elevação para o país".

"Da nossa parte assim será", adiantou, considerando que a moção apresentada "tem um conjunto de muito boas ideias" e representa aquilo que os dois gostavam "que o CDS pudesse ser no futuro".

Notando que a congresso do partido será um "reunião dinâmica", Nuno Melo ressalvou: "muito do que ali se passará não dependerá de nós".

"Se dependesse, eu acho que o partido teria um bom resultado", afirmou.

Questionado sobre o candidato que apoia, o eurodeputado centrista respondeu que "isso será dito na primeira intervenção ao congresso", porque foi esse o compromisso assumido.

Falando também aos jornalistas à chegada ao congresso, o deputado Telmo Correia apontou que a campanha para a sucessão da atual líder, Assunção Cristas, conta com "bons candidatos" e teve "um percurso de debate que teve vivacidade" mas também alguns aspetos "desagradáveis".

Desejo que "o congresso decorra bem, decorra com elevação, como é próprio de um partido histórico, tradicional, institucional, democrata-cristão, e que daqui saiam bons resultados", afirmou o centrista, ressalvando que o que tiver a dizer será dito "em primeira mão aos congressistas".

Na ótica do parlamentar, "aconteça o que acontecer neste congresso abre-se aqui um novo ciclo".

"Já vários congressos do CDS foram congressos de recomeço, este é mais um, é mais um recomeço, é mais uma abertura de ciclo num partido que acreditamos que tem futuro, por isso é que estamos aqui", acrescentou.

O ex-deputado Nuno Magalhães considerou que "este será um mandato marcado pelas eleições autárquicas".

"Haverá outras eleições, como as presidenciais e as regionais nos Açores, mas as que vão marcar o CDS como partido serão as autárquicas", assinalou.

Para o antigo ministro Pedro Mota Soares, este "é um momento difícil da vida do CDS", mas não é novo para o partido.

"Já estivemos em momentos como estes e conseguimos ultrapassar estes momentos quando temos a capacidade de unir, a capacidade de somar", notou, salientando que este congresso "tem de ser sobre a forma como o CDS se vai voltar a unir".

"O CDS não é um partido que tenha de estar permanentemente a questionar-se é mais democrata-cristão, se é mais conservador ou mais liberal, cabem cá todos, cabe também ao CDS fazer essa liderança à direita, fazer essa união à direita", advogou Pedro Mota Soares.

Para o antigo ministro, "o CDS precisa não de experimentalismo, mas de pessoas com provas dadas, capacidade de construir equipas, capacidade de demonstrar aos portugueses que, quando o CDS for chamado, está aqui com soluções para o CDS e os portugueses".

Também José Manuel Rodrigues, antigo líder CDS/Madeira, falou aos jornalistas e defendeu uma aliança entre dois candidatos para que o partido seja "um fator e um partido desbloqueador" do impasse que antevê possível à esquerda e à direta para "haver uma solução governativa em Portugal".

Na sua opinião, "o Partido Socialista não conseguirá garantir num futuro próximo um Governo à esquerda, e à direita PSD e CDS dificilmente, a curto prazo, terão uma maioria absoluta" e, por isso, "o CDS não se pode acantonar à direita, e tem que voltar a ser um partido que dialogue com os outros partidos do arco da governabilidade, incluindo o Partido Socialista".

"Eu acho que se as pessoas são amigas, se as pessoas estão no mesmo partido, que é o CDS, se as pessoas entendem que o CDS tem que mudar e tem que se renovar sem deixar de lado a experiência, então João Almeida e o Filipe Lobo d'Ávila têm que se entender em nome do CDS mas, sobretudo, em nome do país para que o CDS volte a ser um partido central no sistema político português", frisou, dizendo apenas que apoia "o candidato CDS".

 

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