"O Livre afirma o seu total repúdio pela forma como a Turquia, a Grécia e, por consequência, a União Europeia e todos nós, estão a violar os mais básicos Direitos Humanos de milhares de homens, mulheres e crianças refugiadas", escreve o partido em comunicado enviado à imprensa.
Com o objetivo de pressionar a União Europeia (UE) e NATO para a obtenção de apoio às suas operações militares na Síria, o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan abriu as fronteiras com a Europa, fornecendo passagem livre a milhares de migrantes. Perante este novo fluxo, a Grécia está desde domingo em "alerta máximo" para proteger as suas fronteiras.
Para o partido da papoila, são necessárias "medidas urgentes para enfrentar esta crise", exigindo assim ao executivo português que "intervenha junto do Governo grego e da União Europeia condenando a forma desumana e criminosa como estes refugiados estão a ser tratados".
"Portugal deve igualmente mostrar-se disponível para acolher um maior número de refugiados, providenciando-lhes todas as condições de acolhimento", vinca o Livre.
Entre as medidas mencionadas pelo partido está o Passaporte Humanitário Internacional, defendido pelo Livre desde 2016, um documento que seria atribuído pelo alto comissariado das Nações Unidas como "forma mais eficaz de resolver em justiça e segurança a situação dos refugiados pertencentes às categorias humanitárias mais prioritárias".
Na segunda-feira a Turquia ameaçou que "milhares" de pessoas "vão entrar na Europa", tendo o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pedido à Europa para que "assuma a sua parte de responsabilidade" no acolhimento de migrantes e de refugiados da Síria, depois de abrir as fronteiras para o espaço comunitário europeu, na tentativa de obter mais apoio ocidental para o conflito na Síria.
A polícia grega fala do aumento do fluxo de refugiados que chegam à zona de fronteira vindos da Turquia.
A mesma fonte policial indica que são refugiados da Síria, Afeganistão, Somália, Paquistão e Marrocos.