JP insta jovens a voluntariado com idosos durante quarentena

A Juventude Popular (JP) instou os seus dirigentes e militantes a participar em ações de voluntariado com vista a ajudar pessoas idosas, mas sempre em colaboração com instituições de solidariedade social, informou hoje o seu presidente.

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Lusa
19/03/2020 07:05 ‧ 19/03/2020 por Lusa

Política

Covid-19

De acordo com o presidente interino, Francisco Mota, face às restrições impostas pela tentativa de mitigação da pandemia de Covid-19, a estrutura que representa os jovens do CDS-PP decidiu "criar uma rede de voluntariado da JP, aberta também à sociedade civil, e em estreita correlação de forças com essas instituições, as próprias autarquias locais, os bancos de voluntariado".

O objetivo destes jovens é "dar um contributo para a mitigação das necessidades" que os idosos tenham, decorrentes de não poderem ausentar-se da sua habitação nem receber visitas.

Os jovens poderão ajudar na compra de alimentos e medicamentos, na recolha do lixo ou no pagamento de contas, por exemplo, ajudando a "amenizar os dias de isolamento e inquietação vividos em virtude desta circunstância inesperada".

"O que desafiamos os nossos dirigentes locais, os nossos militantes da Juventude Popular foi para este verdadeiro compromisso de patriotismo e, ao mesmo tempo, de grande responsabilidade intergeracional", destacou Francisco Mota em declarações à agência Lusa.

Salientando que a JP não pretende "substituir ninguém", o líder desta organização defendeu que o objetivo é estes jovens serem "os instrumentos das instituições" de cada concelho, trabalhando em estreita parceria.

Por isso, o desafio lançado pela direção nacional da JP é que as estruturas locais dialoguem "com as instituições locais, demonstrando a sua disponibilidade, obedecendo sempre a uma orientação técnica superior".

A JP descarta assim "iniciativas avulsas", de "forma a garantir uma ação concertada e segura".

Francisco Mota salientou que os militantes centristas pretendem "corresponder a todas as dificuldades que vão aparecer, nomeadamente junto das comunidades mais idosas", dando o seu contributo "neste momento difícil da sociedade portuguesa".

O projeto, que vai arrancando a diferentes velocidades em vários pontos do país conta com algumas dezenas de participantes, em localidades como Lisboa, Braga, Évora, Cascais, Madeira, Porto, Felgueiras, Póvoa de Varzim e Castelo Branco.

Questionado sobre se o facto de ter sido decretado o estado de emergência não afeta este projeto, o presidente interino da JP argumentou que este apoio "já teria que ser feito" por instituições "que estão no terreno diariamente e ao serviço das comunidades", e que "têm conhecimento da rede de ação social", e que estes jovens vêm, desta forma, "complementar a rede" já existente.

Para proteção destes jovens e de quem eles irão visitar, será "garantida toda a proteção individual" e cada um deverá "manter sempre a mesma rede de apoios, para que o historial fique registado", facilitando a identificação em caso de contágio.

"Não poderemos ajudar quem necessita prejudicando os nosso dirigentes e os nosso militantes, bem como as suas próprias famílias quando regressam a casa", assinalou Francisco Mota.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou até hoje mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois. 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou na quarta-feira o estado de emergência em Portugal, por 15 dias, devido à pandemia de Covid-19.

O anúncio foi feito por Marcelo Rebelo de Sousa numa comunicação ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, depois de ouvido o Conselho de Estado, ter obtido o parecer positivo do Governo e a aprovação do decreto pela Assembleia da República.

O estado de emergência proposto pelo Presidente para conter a pandemia ao Covid-19, em vigor desde as 00:00, e prolongando-se até às 23:59 de 02 de abril, segundo decreto publicado quarta-feira em Diário da República, prevê a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo dos cidadãos em casa e restrições à circulação na via pública, a não ser que tenham justificação. 

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