PAN reclama "transição digital" prometida pelo PS

O PAN pediu hoje ao governo que cumpra a "promessa" eleitoral socialista relativa à transição digital, considerando que o "modelo telescola" tem de ser supletivo para que o ensino à distância seja "bidirecional e não unidirecional".

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Lusa
07/04/2020 15:52 ‧ 07/04/2020 por Lusa

Política

Coronavírus

 

"É importante que o governo cumpra um dos quatro pilares do seu programa eleitoral e de desígnio para o país que é a transição digital", considerou hoje André Silva, do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), à saída da terceira reunião técnica sobre a "Situação epidemiológica da covid-19 em Portugal", no Infarmed, em Lisboa.

Para o deputado, a reunião permitiu confirmar que as medidas de contenção estão a resultar mas que deve ser tida cautela na forma como os dados são lidos e que não é ainda o momento de levantar restrições.

"Importa ressalvar que não é ainda o tempo de permitirmos, ou de levantarmos as restrições à atividade escolar e permitir que as escolas retomem a sua atividade porque não há dados que permitam assegurar que o possamos fazer com segurança", sublinhou o deputado.

Sem levantar restrições e mantendo o isolamento, André Silva sublinhou a importância dos apoios às famílias que continuarão em casa com os seus filhos mas pediu também que "o governo cumpra um dos quatro pilares do seu programa eleitoral e de desígnio para o país que é a transição digital".

"Não é aceitável que no ano de 2020 recuemos apenas à solução da telescola", considerou o deputado, acrescentando que, apesar do momento excecional vivido, o modelo telescola "tem que ser supletivo" para que o ensino à distância "seja bidirecional e não unidirecional".

André Silva ressalvou ainda a importância da existência de "um programa robusto de testes serológicos", assim que sejam levantadas algumas restrições, para a testagem da imunidade das pessoas e de forma a perceber "em que faixas etárias, em que segmentos da sociedade, é que essa imunidade está ou não está mais suscetível", aditou.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Em Portugal, segundo o balanço feito na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).

O país, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

 

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