O documento, que teve os votos contra do PS, PSD e CDS-PP e os votos a favor dos restantes partidos, pretendia apoiar os trabalhadores precários que não tinham acesso aos apoios criados no âmbito das medidas excecionais e temporárias de resposta à pandemia de covid-19.
Poderiam beneficiar do apoio aqueles que vissem o seu contrato de trabalho ou de prestação de serviços ser cessado ou que tivessem uma quebra de, pelo menos, 40% dos serviços a prestar.
O PCP queria também que os trabalhadores vítimas de uma paragem, redução ou suspensão da atividade laboral tivessem acesso ao "valor do apoio previsto no n.º 1 corresponde ao valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS)".
A proposta estabelecia que eram considerados vínculos laborais precários aqueles "que não correspondam a contratos de trabalho sem termo ou por tempo indeterminado, qualquer vínculo laboral no período em que decorra o período experimental e os contratos de prestação de serviços".
"Importa lembrar a situação de milhares de trabalhadores do setor do táxi ou de trabalho doméstico, cujo salário provinha da prestação de serviços que deixaram de ter, ficando, em muitas situações, sem rendimentos devido à frágil proteção social que a sua situação laboral significa", destaca o projeto de lei.
Os comunistas referem que alguns taxistas "viram as suas receitas baixar mais de 80%" e os trabalhadores domésticos, "na sua esmagadora maioria mulheres", têm uma proteção social "limitada ou, em muitas situações, inexistente".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).