"Crise expõe fragilidades e assimetrias", mas austeridade não é solução
O primeiro-ministro volta a rejeitar a questão da austeridade e adianta que a ACT está no terreno a inspecionar situações ilegais, tendo já aberto 1.770 processos.
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Política António Costa
O primeiro-ministro, António Costa, reafirmou, esta quarta-feira, a necessidade de manter os postos de trabalho durante a crise gerada pela Covid-19, admitindo que a "crise expõe as fragilidades e as assimetrias", em resposta, no Parlamento, à questão colocada por Jerónimo de Sousa sobre a situação difícil que alguns trabalhadores enfrentam neste momento. Sobre a austeridade, Costa rejeita essa questão.
O primeiro-ministro adiantou que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) está a realizar uma ação inspetiva a nível nacional, sendo que em três dias abordou mais de 700 empresas, tendo sido abertos 1.770 processos.
Porém, Costa rejeita a ideia da austeridade: "Aquilo que temos de evitar a todo o custo é acrescentar crise à crise", reiterou Costa, acrescentando: "É preciso ter consciência que esta crise não se pode resolver com respostas de austeridade".
O primeiro-ministro acrescentou também que houve uma "campanha contra o SNS nos últimos anos", mas na "hora da verdade" o sistema de saúde está a responder à pandemia.
O debate quinzenal no Parlamento foi aberto pelo líder do PCP, Jerónimo de Sousa, depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter prescindido da intervenção de abertura que lhe cabia, o que acontece pela primeira vez.
Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 2 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".
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