O deputado Jerónimo de Sousa foi o primeiro a fazer perguntas a António Costa no debate quinzenal de hoje, na Assembleia da República, e logo para dizer que o surto epidémico não está a afetar todos da mesma maneira.
Uns, os trabalhadores que "vivem do seu trabalho", estão a ser atingidos "de forma brutal" pelas medidas associadas ao confinamento ou despedimentos, enquanto a banca e os "grandes grupos económicos" continuam "alegremente a distribuir lucros aos seus acionistas".
E foi nesta parte do discurso que desafiou António Costa a dizer o que está a fazer na defesa na defesa dos direitos dos trabalhadores e das suas condições de vida.
"Não mata como um vírus, mas destrói vidas", afirmou.
Na resposta, o chefe do executivo respondeu com números quanto à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), de como aumentaram as suas ações e com a contratação de mais funcionários.
E exemplificou dizendo que a ACT abriu 1.770 processos inspetivos, que está em curso uma ação inspetiva a nível nacional, que abrange 700 empresas e 30.000 trabalhadores.
Quanto a contratações, foram admitidos mais 44 inspetores que estavam em estágio e 80 candidatos, que estão já a trabalhar, afirmou.