O Partido Socialista (PS) foi o último a ser recebido em São Bento pelo primeiro-ministro, António Costa, para discutir o calendário e plano de retoma do país, após o Estado de Emergência, decretado devido à pandemia da Covid-19.
À saída da reunião o secretário-geral adjunto do partido, José Luís Carneiro, elogiou o plano de desconfinamento social preparado pelo Governo, considerando-o "prudente, responsável e sem estigmas" de ordem etária ou geográfica e considerou que o Executivo é “merecedor de confiança do PS”.
José Luís Carneiro disse ter a “garantia” que, os setores que por razões diversas não reabram já, “terão o apoio e a atenção por parte do Governo”.
Durante a intervenção, o socialista salientou ainda que "libertar-nos do Estado de Emergência significa uma responsabilidade acrescida, significa que cada um de nós vai ter de assumir responsabilidades maiores".
Perante os jornalistas, tendo ao seu lado a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, e o dirigente socialista Porfírio Silva, José Luís Carneiro manifestou o apoio deste partido à intenção do Governo de substituir o estado de emergência, que cessa a sua vigência em 2 de maio, pela declaração de calamidade por causa da covid-19.
"A proposta do Governo é prudente, responsável e sem estigmas de qualquer natureza, seja de idades, de territórios ou de ordem social. Depois desta decisão, que será anunciada pelo Governo, coloca-se uma questão de responsabilidade que tem de ser assumida por cada um de nós", advertiu o secretário-geral adjunto do PS.
O "número dois" da direção dos socialistas referiu que "a progressividade" que será adotada no levantamento das restrições "implica naturalmente uma atitude de responsabilidade individual e, simultaneamente, nas comunidades locais (municípios, freguesias, organizações não governamentais)".
"Têm de ter capacidade para enquadrarem, informarem e apoiarem aqueles que, por falta de recursos, possuem maiores dificuldades em acompanhar as exigências que são colocadas nesta transição gradual, tendo em vista uma certa normalidade da nossa vida", acrescentou.
A delegação do PS foi recebida pelo primeiro-ministro, em São Bento, pelas 22:15, numa ronda de audições com partidos com representação parlamentar que António Costa iniciou pelas 14:45.
Depois desta ronda de audiências, que teve uma duração de quase oito horas, António Costa era para ter seguido para um jantar com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, mas o encontro foi entretanto adiado, com nova data ainda a definir.
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