"Face à situação e à diminuição da actividade e circulação de pessoas, as várias empresas de transportes diminuíram significativamente a oferta, com a supressão de carreiras e redução de frequência. Uma diminuição que a DORP [Direcção da Organização Regional do Porto do PCP] considerou já para lá do aceitável, que deixou trabalhadores sem transportes nas suas deslocações casa/trabalho e fez com que, em várias situações, a lotação dos autocarros ou do metro não permitisse salvaguardar o distanciamento recomendado", começa por criticar o partido numa nota enviada ao Notícias ao Minuto.
Agora, e tendo em conta o conjunto de medidas que estão consideradas para a retoma da actividade económica, o partido reclama que sejam repostos os serviços de transportes (públicos e privados), tendo como referência o serviço que existia no início de março.
"Esta medida deve ser acompanhada ainda do fim dos processos de layoff, da readmissão dos motoristas (e outros trabalhadores) despedidos desde o início do surto epidémico, sem perda de direito, e da garantia de medidas de higienização e segurança que a situação impõe", defende ainda o PCP.
Por fim, a DORP do PCP alerta ainda para "a necessidade de se monitorizar permanentemente a procura e se garantir o reforço da oferta, caso as necessidades de distanciamento social assim o aconselhem".
Reunido hoje em Conselho de Ministros, e depois de ter ouvido ontem parceiros sociais e partidos políticos, o primeiro-ministro vai anunciar esta quinta-feira o plano de levantamento gradual das restrições impostas devido à pandemia Covid-19.