IL diz ter "divergência de ambição" com AD sobre impostos

O líder da IL disse hoje ter uma "divergência de ambição" com a AD sobre impostos, frisando que quer "mais desagravamento para as empresas e para as famílias", e outra de estratégia com o PS.

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© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Lusa
22/04/2025 16:56 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Legislativas

Em declarações aos jornalistas após uma reunião do CIP -- Confederação Empresarial de Portugal, em Lisboa, Rui Rocha disse que a IL tem uma "visão de sucesso" para as pessoas e as empresas nacionais que diverge das dos dois maiores partidos.

 

"Nós temos uma divergência de estratégia com o PS, e uma divergência de ambição com a AD", referiu, frisando que o PS tem, neste momento, "uma visão sobre descida de impostos no que diz respeito ao IVA dos produtos alimentares".

"É bem-vindo que o PS tenha, neste momento, uma proposta de descida de impostos - felizmente já lá vão os tempos em que o PS não considerava sequer que os impostos devessem a descer - mas a visão da IL é uma visão de que, sendo os recursos escassos, a aposta deve estar nas áreas e nos setores que criam riqueza para o país", disse.

O líder da IL referiu que a prioridade para a IL em termos de impostos é desagravá-los "sobre o trabalho que cria riqueza para o país e sobre as empresas que criam riqueza para o país, ao mesmo tempo promovendo as condições de atração de investimento estrangeiro tão necessário para Portugal".

Relativamente à AD, Rui Rocha disse ter uma "divergência de ambição" porque a IL quer "mais desagravamento para as empresas e para as famílias", considerando que a "grande diferença está na capacidade e na ambição de reformar o Estado português".

"Essa redução que nós queremos trazer para Portugal do peso dos impostos passa por tornar o Estado mais eficiente, por eliminar duplicações de serviços: serviços que não prestam serviços às pessoas, mas que prestam serviço ao próprio Estado", criticou.

O líder da IL disse que as propostas do partido em termos de desagravamento fiscal teriam um custo de 6.200 milhões de euros em toda a legislatura -- e incluiriam uma redução de IRC até aos 15% e a criação de dois escalões no IRS -- e defendeu que "não podem ser as empresas nem as famílias a continuar a fazer esforços sucessivos para suportar uma máquina eficiente".

"Desta vez, é o Estado que tem de fazer um pequeno esforço, um esforço de 1% ao ano [na despesa pública], no sentido de aliviar as pessoas, para termos as tais condições de sucesso, para termos jovens com melhores salários, (...) aliviar a classe média e para as nossas empresas terem a disponibilidade de capital para investirem", referiu.

Interrogado sobre as críticas do líder do PS, que defendeu que o programa da IL não é claro onde corta para compensar os 6.200 milhões de perda de despesa, Rui Rocha disse que as medidas do seu partido são "claras nos valores e nos propósitos" e devolveu a pergunta a Pedro Nuno Santos.

"Ele tem um programa de redução de impostos por via do IVA, do IUC. As opções que fez, que não são as da IL, valem cerca de 1.700 milhões de euros por ano. E, portanto, se isto for aplicado desde o primeiro ano, são 6.800 milhões em quatro anos", disse.

Rui Rocha considerou assim que se deve perguntar a Pedro Nuno Santos "como é que ele justifica e onde é que vai cortar para fazer essas alterações" e frisou que o programa da IL ambiciona atingir um crescimento económico superior a 3% ao ano.

Antes do líder da IL, o presidente da CIP, Armindo Monteiro, falou aos jornalistas para criticar os partidos que são contra uma redução do IRC, afirmando ficar "perplexo" por não haver um "consenso nacional" sobre esta matéria.

"Nós temos a taxa mais elevada da OCDE. Quando não é possível reduzir dois pontos percentuais num imposto que é exagerado, perguntamos qual é o projeto para a sociedade que os partidos têm? Porque a taxa do IRC é uma penalização sobre as empresas", disse.

Leia Também: Rui Rocha admite: "Estamos abertos" a possível acordo com AD

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