Costa renovou confiança em Centeno após explicações sobre "falha"

O primeiro-ministro salientou hoje que reafirmou a sua confiança pessoal e política no ministro das Finanças porque aceitou as explicações de Mário Centeno sobre a "falha de comunicação" dentro do Governo no episódio relativo ao Novo Banco.

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Lusa
18/05/2020 11:50 ‧ 18/05/2020 por Lusa

Política

Costa

 

António Costa deixou esta nota em entrevista à TSF, durante a qual voltou a considerar encerrada a polémica sobre a transferência de 850 milhões de euros do Estado destinados à recapitalização do Novo Banco e em que nada esclareceu sobre o futuro de Mário Centeno como ministro de Estado e das Finanças.

Sobre a reunião que teve com Mário Centeno em São Bento, na quarta-feira passada, o primeiro-ministro assumiu que "havia uma parte a esclarecer diretamente" com o seu ministro de Estado e das Finanças "sobre como é que tinha havido uma falha no interior do Governo".

"Foram explicadas as razões pelas quais essa falha existiu. Se não tivesse aceitado essas explicações, obviamente não teria mantido a confiança. Se mantive a confiança, foi porque aceitei as explicações da parte do ministro das Finanças. Acho que estamos esclarecidos", declarou o líder do executivo.

Apesar de questionado com insistência sobre este tema, António Costa referiu apenas que esse assunto relativamente ao Novo Banco "foi esclarecido diretamente" entre si e o ministro das Finanças.

"Dessa reunião só tem de ser tornada pública a única coisa que é relevante e que é a de saber se o primeiro-ministro mantém ou não a sua confiança no ministro. Senti que tinha havido uma falha de comunicação, como o senhor ministro das Finanças, aliás, já tinha assumido perante a Assembleia da República", acentuou.

No episódio sobre a transferência do Estado de 850 milhões de euros destinados à recapitalização do Novo Banco, António Costa defendeu também que tinha de pedir desculpa a quem tinha de pedir desculpa por ter dado uma resposta errada" à coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

"Quando o primeiro-ministro fala perante o parlamento, não pode haver dúvidas de que aquilo que diz é aquilo que é a sua verdade. Se houver uma falha, tem que obviamente reconhecer", acrescentou.

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