"Pelo PAN, as Praças de Touros não são para abrir. Nem hoje, nem nunca"

Em reação a um protesto levado a cabo por vários toureiros no Campo Pequeno, o partido considerou que "as verdadeiras correntes a quebrar são as da violência tauromáquica".

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Mafalda Tello Silva
01/06/2020 20:18 ‧ 01/06/2020 por Mafalda Tello Silva

Política

PAN

Defensor da abolição das touradas em Portugal desde a sua fundação, o PAN reagiu, esta segunda-feira, ao protesto levado a cabo por quatro toureiros,esta manhã de segunda-feira, em Lisboa. Acorrentando-se à porta da Praça de Touros do Campo Pequeno, os profissionais tauromáquicos acusaram o Governo de discriminar o sector por não permitir a sua reabertura, mas dando luz verde a outras atividades de espetáculos culturais, nesta terceira fase do desconfinamento.

"Praças, locais e instalações tauromáquicas ainda não estão autorizadas a abrir. E ainda bem", começou por considerar o partido liderado por André Silva, num texto divulgado nas redes sociais. 

Criticando a defesa da tauromaquia de que "torturar animais é Cultura", o PAN declara: "Não bastam reuniões secretas com o Presidente República. (...) Não é, e as verdadeiras correntes a quebrar são as da violência tauromáquica!"

"Pelo PAN, as Praças de Touros não são para abrir. Nem hoje, nem a 15 de junho, nem nunca", é concluído.

Os conhecidos toureiros António Telles, Luís Rouxinol, Rui Fernandes e o antigo forcado José Luís Gomes foram os protagonistas desta manifestação em Lisboa. Ainda durante esta tarde, a ProToiro emitiu também um comunicado a concordar com a alegada injustiça denunciada pelos toureiros. 

"Ao contrário do que a ministra da Cultura garantiu há uma semana, no Parlamento, de que todas as áreas culturais regressariam ao mesmo tempo, a tauromaquia foi a única excluída de retoma a partir de hoje", contesta a associação, lembrando ainda que esta noite irá decorrer um espetáculo de Bruno Nogueira, no Campo Pequeno, que "contará com a presença da ministra da Cultura e do primeiro-ministro".

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