Dois dias depois de o executivo ter aprovado o Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) em Conselho de Ministros, Marcelo Rebelo de Sousa recordou que ele próprio e o primeiro-ministro, António Costa, têm dito que a situação do país "é brutal" e que "será um processo difícil" até se conseguir uma recuperação económica e social.
"O plano de estabilização é para fazer a transição, amortecendo daqui até ao fim do ano, mas depois há muito trabalho pela frente", afirmou Marcelo aos jornalistas, encostado a um muro da rua de acesso à praia da Ericeira, concelho de Mafra, distrito de Lisboa, onde foi tomar um banho.
É um trabalho, disse, para fazer em 2021, 2022, porque recomeçar o turismo leva tempo, mas "recomeçar o investimento também", afirmou.
Este é um tempo, admitiu aos jornalistas, de convergência com o executivo da parte do chefe do Estado português, a exemplo do que acontece com o Presidente de Itália ou com o Rei de Espanha.
O que "não quer dizer que concorde com tudo o que o Governo" faz, disse.
O mais importante nesta fase, sublinhou, é que é preciso "juntar esforços" com o Governo em Bruxelas e no que "é fundamental na saúde pública".