O Grupo Parlamentar do Partido Socialista (GPPS) realiza esta segunda-feira, através de videoconferência, o terceiro ciclo de debates sobre "os desafios do pós-pandemia" hoje dedicado ao teletrabalho.
"A iniciativa visa perceber como as empresas e a Administração Pública terão de saber lidar com os desafios que se colocam no âmbito das relações laborais e muito especialmente no âmbito do teletrabalho na sequência da pandemia que impulsionou o recurso a esta modalidade", explica o grupo parlamentar em comunicado.
O debate surge depois de ter sido conhecida a intenção do Governo de ter, até ao final da legislatura, 25% dos funcionários públicos a trabalhar em regime de teletrabalho. Uma pretensão que consta do Programa de Estabilização Económica e Social, que foi publicado no sábado à noite no suplemento do Diário da República, depois do Governo ter apresentado as principais medidas na quinta-feira, dia da reunião do conselho de ministros que aprovou este plano de resposta à crise provocada pela pandemia da Covid-19.
No mês passado, a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, já tinha dito no Parlamento que o regime de teletrabalho "veio para ficar no Estado", sinalizando existirem 68 mil funcionários públicos neste regime de trabalho.
De acordo com o documento, o Executivo pretende "até ao final da legislatura, ter em teletrabalho pelo menos 25% dos trabalhadores de entre o universo daqueles que exercem funções compatíveis com esta modalidade de trabalho, permitindo maior flexibilidade na prestação do trabalho e melhor a conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional".
Parte destes trabalhadores podem estar em espaços do 'coworking', inclusivamente localizados no interior do país, combatendo, assim, a desertificação desses territórios e promovendo a descentralização dos serviços públicos nos territórios do interior.
"A pandemia veio acelerar esta medida, que estava já prevista no programa de Governo, superando resistências e demonstrando que não há perda de produtividade dos trabalhadores em teletrabalho", sustenta o Executivo.