Rui Rio acredita que o plano de recuperação económica apresentado pelo PSD tem um fio condutor e um rumo, algo de que carece o Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), aprovado na quinta-feira pelo Conselho de Ministros, e que vigorará este ano para responder à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
"O nosso plano tem uma estratégia implícita e bem explicada", começou por dizer o líder social-democrata, contrapondo que "o do Governo não tem essa estratégia". Definindo o PEES como "uma série de medidas" que "foram compiladas num documento", acusa o projeto de carecer de um rumo.
Paralelamente, critica a desatenção às medidas económicas. "Não vamos fazer demagogia, as medidas que são importantes não são as da área social, são as da economia", indicou. Rui Rio explicou, porém, para não "armar aqui uma barracada", que não quer dizer que as medidas sociais não sejam importantes.
"Nós não conseguimos produzir nada na área social se não produzirmos riqueza", disse. "Aquilo que vai determinar é a economia e depois, ideologicamente, vamos atuar na área social, consoante entendemos que devemos atuar, para minorar todos os efeitos negativos da crise", acrescentou.
Rui Rio concedeu que, entre as medidas apresentadas pelo executivo de António Costa, "algumas até são iguais" às do PSD, mas criticou que não esteja "desenhado o rumo". "No quadro das medidas relativamente avulsas que lá estão, é preciso saber se dali posso tirar um rumo parecido com aquele que o PSD entende que deve ser o rumo", disse.