"O Governo já indicou ao PSD e ao país ser essa a sua intenção. O Governo, nos contactos com o PSD deu nota, nos mesmos termos em que o fez publicamente, da vontade de indicar Mário Centeno para governador do Banco de Portugal, não vale a pena criamos dúvidas onde não existem", afirmou Morais Sarmento, em conferência de imprensa na sede nacional do PSD, em Lisboa.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro, António Costa, recebeu em São Bento o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, que se encontra em fim de mandato ao fim de dez anos no cargo.
Esta reunião ocorreu antes de António Costa ouvir os partidos com representação parlamentar sobre a escolha do sucessor de Carlos Costa como governador do Banco de Portugal, reuniões essas que ainda não estão agendadas, mas que o primeiro-ministro apontou para o final deste mês.
Na semana passada, após a cerimónia posse de João Leão como novo ministro de Estado e das Finanças, António Costa admitiu que Mário Centeno "é uma hipótese" para o cargo de governador do Banco de Portugal.
Atualmente, nos termos da Lei Orgânica do Banco de Portugal, "a designação do governador é feita por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta do ministro das Finanças e após audição por parte da comissão competente da Assembleia da República, que deve elaborar o respetivo relatório descritivo".