Marcelo sobre Medina: "Função do Presidente é agregar esforços"
O Presidente da República sublinhou que é natural que em democracia haja diferentes opiniões e liberdade de expressão.
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Política Marcelo Rebelo de Sousa
Questionado sobre como via as declarações de Fernando Medina - que responsabilizou, em parte, as autoridades de saúde pelo exponencial aumento de infetados na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) -, Marcelo Rebelo de Sousa não quis manifestar uma opinião sobre a situação para não provocar mais atritos.
"Entendo que o Presidente da República, quanto a este tema, deve ser muito precavido e muito cauteloso naquilo que pode dizer em público para não criar mais problemas para além daqueles que o vírus já causa. (...) A função do Presidente é de agregar esforços e promover uma ação conjunta, dentro do possível", defendeu, esta tarde, no final de uma cerimónia de comemorações dos 150 anos do nascimento de Alfredo da Silva, criador do grupo CUF, em Lisboa.
Em declarações aos jornalistas, o Chefe de Estado também destacou que, tendo em conta o seu cargo político, deve falar apenas daquilo que "faz e entende fazer" e que, naturalmente, "em democracia há outras personalidades e outros protagonistas" e "liberdade de expressão e pensamento".
Sublinhando que sempre se debateu "pela verdade dos números", Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que o Presidente deve sempre promover a união, especialmente, num momento em que o país se deve congregar numa frente única conta o combate contra a Covid-19.
Sobre se considera que essa "união" se encontra neste momento perdida, o Presidente da República recordou ainda que é "normal" que este surto faça com que as pessoas acompanhem "com atenção, preocupação, em certas fases com mais receio do que outras receio", e "com um estado de espírito muito desperto".
Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, considerou, durante a noite desta segunda-feira, que o aumento de casos confirmados de Covid-19 na região LVT se deve, em parte, à atuação das autoridades de saúde. No seu habitual espaço de comentário na TVI24, o autarca defendeu que “várias coisas correram mal” na forma como foi conduzido o controlo da doença na capital e que a ação no terreno falhou.
“Isto é uma questão de chefias. Ou as chefias na zona de Lisboa, rapidamente, põem ordem na casa em muitos poucos dias e têm a situação sob controlo ou essas chefias têm de ser reavaliadas”, atirou.
Luís Newton, presidente da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, afirmou, esta manhã, que as declarações do autarca dão a entender "que Medina acabou de pedir a demissão de... Medina (e nós concordamos)".
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