"Para grandes males, grandes remédios já diz o povo e os transportes públicos neste momento são um grande mal que necessita de grandes remédios", avisou o presidente da Câmara Municipal de Cascais que, num artigo no jornal I, ameaçou que pararia os transportes públicos de Sintra e Oeiras se a Área Metropolitana de Lisboa (AML) não recolocar os autocarros a 100%.
A questão surge numa altura em que a região da Grande de Lisboa continua a ser a principal preocupação das autoridades sanitárias devido ao aumento de casos de Covid-19, concentrando diariamente a maioria de novas infeções no país.
A sobrelotação dos transportes públicos tem sido denunciada sobretudo nos últimos dias, fazendo crescer o receio da multiplicação dos contágios na Área Metropolitana de Lisboa, que entra hoje em situação de contingência, 19 freguesias das quais permanecendo em estado de calamidade.
Se a AML não recolocar as carreiras a 100%, avisou o autarca social-democrata, Cascais obrigará os passageiros que por lá passem a trocar para autocarros da autarquia e só segue viagem que se sujeitar ao teste de temperatura.
"Recuso-me a ficar de braços cruzados e a assistir à multiplicação descontrolada de potenciais cadeias de transmissão nos nossos transportes", escreveu Carlos Carreiras, defendendo que Cascais "fará sempre parte da solução e não do problema".