"Temos de recuperar a economia, sem deixar descontrolar a pandemia"

António Costa apresentou, durante a Comissão Nacional do PS, as prioridades do partido numa altura em que o mundo luta contra a pandemia do novo coronavírus.

Notícia

© DR

Silvia Abreu
04/07/2020 11:21 ‧ 04/07/2020 por Silvia Abreu

Política

PS

O secretário-geral do PS, António Costa, apresentou este sábado, na abertura da reunião da Comissão Nacional do partido, as principais prioridades dos socialistas, deixando claro que é essencial "recuperar a economia".

"Se na fase de emergência o que era essencial era controlar a pandemia, sem matar a economia, agora temos de recuperar a economia sem deixar descontrolar a pandemia", começou por referir.

Pedindo a consciência de que o vírus "vai continuar uma ameaça até haver uma vacina ou um tratamento", António Costa apela ao cumprimento das medidas recomendadas pelas autoridades de saúde, vincando que, "sempre que isso não acontecer, vão existir novos casos".

A segunda grande prioridade exige que existam "nas mais diferentes frentes da atividade, a capacidade de responder a problemas reais", apontou, referindo que tal incluí a companhia aérea TAP, da qual o Estado detém agora 72,5% do capital.

"O país não pode prescindir de ter uma companhia aérea que assegura continuidade territorial, deslocação à nossa diáspora espalhada pelo mundo, que é uma ferramenta fundamental do desenvolvimento da economia do país e que assegura o seu crescimento económico ".

No entanto, os desafios não se ficam por aqui, alerta Costa, referindo que também a necessidade de criar mecanismos para a continuação do ano letivo é essencial. "Graças ao esforço dos nossos professores e alunos conseguimos chegar ao fim deste ano letivo. Mas o próximo ano não vai ser mais fácil", vincou, referindo que "ficou claro como a falta de ensino presencial é um factor de enorme aumento das desigualdades e da qualidade da aprendizagem". 

"Manter o ensino à distância, universalizar a capacidade da escola digital, mas também criar condições para que o ensino presencial decorra", são alguns dos pontos essenciais, marca o primeiro-ministro.

A União Europeia não fica de fora das prioridades e ocupa assim o terceiro lugar na lista do Partido Socialista. "Temos que prosseguir a batalha que temos vindo a travar no seio da União Europeia, para que a Europa seja capaz de responder de uma forma comum e robusta a esta crise", apela, reconhecendo que a "Europa tem perdido menos tempo a responder ao que é essencial".

"Temos de fazer um enorme esforço para que, ainda em julho, seja aprovado, não só o próximo quadro financeiro plurianual, mas também o programa de recuperação proposto pela Comissão Europeia - de 750 milhões de euros. É absolutamente vital", manifestou, dizendo que não se trata apenas de uma necessidade de Portugal ou do sul da Europa. "Não há dois caminhos. Ou saímos todos juntos da crise, ou ninguém vai sair", reiterou. 

Por último, a recuperação da economia. Após a fase de estabilização, onde o Orçamento Suplementar - aprovado esta sexta-feira - é peça fundamental, Costa diz que "temos de preparar as condições para que, depois de estabilizada a economia e sociedade, seja possível recuperar".

"Vai ser um caminho longo, não se faz em dois meses, nem seguramente num ano. Mas o tempo não nos deve assustar, o que nos deve motivar é a compreensão de que temos de nos focar e não abstrair do que é essencial", apelou, admitindo que esta crise transportou muitos à crise de novembro de 2015, mas que a situação em que o país estava em fevereiro de 2020 era diferente. "Não se pode ignorar no entanto que em dois meses, perdemos muito daquilo que recuperamos em cinco anos", finaliza.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas