O antes, durante e pós-pandemia marcará o debate do Estado da Nação

Na véspera do debate do Estado da Nação, e no dia em que o Parlamento decide o fim (ou não) dos debates quinzenais com o primeiro-ministro, os partidos com representação parlamentar antecipam o que vão defender, criticar e alertar. Sendo certo que, a pandemia provocada pela Covid-19 tem 'presença' confirmada.

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Notícias ao Minuto com Lusa
23/07/2020 09:42 ‧ 23/07/2020 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Estado da Nação

Inicialmente previsto para a esta quarta-feira (dia 22), o debate do Estado da Nação irá realizar-se amanhã, a pedido de António Costa e devido ao atraso nas negociações em Bruxelas do plano de resposta à Covid-19. E na véspera, da Esquerda à Direita, os partidos com assento parlamentar fizeram uma antecipação daquela que será uma sessão legislativa marcada pela resposta do Governo à crise que atravessamos e o impacto que a pandemia está a ter nos diferentes setores.

Antecipando o debate, o PS considera que Portugal estaria "muito pior" se tivesse enfrentado a crise pandémica com a capacidade de resposta de 2015 e espera continuar o caminho iniciado na passada legislatura com os partidos à sua Esquerda.

"É evidente que não chegamos a este Estado da Nação com a mesma ambição que tínhamos em fevereiro de 2020, quando aprovámos um Orçamento do Estado que tinha um excedente orçamental, que previa um reforço dos serviços públicos, que previa um reforço do investimento público", defende a líder parlamentar socialista Ana Catarina Martins. 

O PSD, por sua vez, realçou que "o que é normal" é ser oposição, e que a postura que adotou nos últimos meses foi "uma situação excecional" fruto da pandemia, afastando um cenário de "formalização política" de um bloco central.

"Desde o princípio que ficou claro que nós somos um partido de oposição. A situação que transcorreu nestes últimos meses é uma situação excecional. O que é normal é o que aconteceu na primeira parte desta sessão legislativa, em que o PSD assume a sua posição de oposição", disse à Lusa o primeiro vice-presidente do grupo parlamentar, Adão Silva.

O BE antecipa um desafio duplo devido à pandemia, que passa por responder à crise sem "repetir erros do passado", considerando que é o próximo Orçamento do Estado que vai definir se o Governo assimilou as lições e aprendizagens

"Creio que é o debate do Estado da Nação que lança esses caminhos agora, para o futuro, num contexto diferente daquele que nós julgaríamos que fosse há uns meses", referiu o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares. 

Já o PCP considera que a pandemia evidenciou "um conjunto de problemas estruturais" que exigem respostas de fundo e não "um regresso passado" com cortes e empobrecimento, defendendo que é o PS que "tem de fazer as suas opções".

O CDS-PP afirma que se instalou nesta sessão legislativa um "unanimismo pandémico" e que existiu um aproveitamento da pandemia para "limitar direitos democráticos de participação" de alguns partidos, situação que considerou ser "de enorme gravidade".

O PAN considera que a pandemia será um assunto "incontornável no debate do Estado da Nação", bem como as respostas necessárias para enfrentar não só a crise económica como também a crise climática e ambiental.

O líder do grupo parlamentar do Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV), José Luís Ferreira, manifestou preocupação com uma "aproximação visível" entre PS e PSD, num balanço da sessão legislativa marcada pelas consequências da pandemia da Covid-19.

O Iniciativa Liberal pede "grande frieza e objetividade" para olhar para a crise que Portugal vai enfrentar, considerando ser preciso que "as pessoas se sintam mais livres para experimentar novas soluções e novos caminhos para fazer face aos problemas".

O deputado único do Chega considera, por sua vez, que a sessão legislativa, "bastante atípica" devido à pandemia, arrancou "com garantias de estabilidade à esquerda" e acabou com o Governo a encontrar essa estabilidade "no PSD".

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