"Há muito tempo que o CDS vem alertando para a manifesta falta de oferta nas residências estudantis do ensino superior, e defendendo para resolução deste problema a contratualização de camas com os setores social e privado", lê-se no requerimento do grupo parlamentar democrata-cristão dirigido a Manuel Heitor.
No próximo ano letivo, segundo os centristas, há o risco de desrespeito pelas normas da Direção-Geral da Saúde (DGA), que estipulam que "deve ser garantida a uma distância lateral mínima de dois metros entre camas em quartos com mais do que um estudante, sempre que assim seja possível, não sendo recomendada a utilização de beliches ou equipamento mobiliário similar, bem como o usufruto comum de roupeiros, armários, prateleiras, mesas de trabalho ou equivalentes".
"Parece-nos, aliás que, neste contexto, não haverá outro caminho [que não o recurso a instituições privadas ou de cariz social], sob pena de cada vez menos jovens terem possibilidade de frequentar o ensino superior, completando assim o seu ciclo de ensino", afirma o CDS-PP.
As questões colocadas foram: "entende que é possível compatibilizar as normas estipuladas pela DGS com a realidade do parque residencial universitário?" e "está o Ministério disposto a, em conjunto com as instituições de ensino superior, trabalhar no sentido de contratualizar camas com os setores social e privado?".