Numa pergunta dirigida ao ministro do Estado, da Economia e da Transição Digital, o PEV alega que muitos dos apoios criados pelo governo para as micro, pequenas e médias empresas do setor são insuficientes, "acabando muitas vezes por não chegar a uma parte considerável das pequenas empresas, apesar da sua importância fundamental para a economia do país e a criação de postos de trabalho".
O partido alerta que o cancelamento ou o adiamento para data incerta de eventos como congressos, feiras comerciais ou exposições, deixa o setor "sem certezas" e alerta para a quantidade considerável de postos de trabalho que dependem da realização destas iniciativas.
"Também o facto de poderem ser realizados, mas com as restrições existentes quanto ao seu funcionamento, acaba por, nalguns casos, tornar inviável a sua realização", sustenta o partido.
Assim, os "Verdes" questionam o governo sobre se existe alguma previsão para a retoma da atividade deste setor, "nomeadamente ao nível de congressos e feiras comerciais", que avaliação faz o executivo socialista da situação atual e que orientações estão a ser estudadas para permitir a realização destes eventos.
O PEV também quer saber que apoios adicionais estão a ser estudados para todo o setor e se o governo está a articular essas medidas com as associações representativas desta atividade.
Na quarta-feira o ministério da Economia assinou um despacho com a "interpretação dos princípios e orientações aplicáveis à realização de eventos corporativos", com regras que incluem o uso obrigatório de máscara ou viseira, o habitual distanciamento físico e a limpeza e desinfeção de espaços.
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, tinha referido na terça-feira, em declarações à Lusa, que o Ministério da Economia já tinha uma proposta de orientações para o funcionamento do setor dos eventos que é "muito complexo" dado que envolve várias áreas de atividade.
No mesmo dia a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) organizou um protesto, no Terreiro do Paço, em Lisboa, que pretendeu sensibilizar o Governo para a necessidade de medidas urgentes para o setor.
Segundo um inquérito realizado pela APSTE, em maio, 60% das empresas do setor recorreram ao 'lay-off' e mais de metade (56%) não têm liquidez para pagar os salários nos meses de agosto e setembro.