Covid-19: PSD vai propor reforço do financiamento do ensino superior

O PSD vai propor a "redefinição do quadro de financiamento do ensino superior, face ao impacto da crise pandémica no orçamento das universidades e a necessidade de reforçar a ação social, revelaram hoje à Lusa deputados de Aveiro.

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Lusa
29/09/2020 12:23 ‧ 29/09/2020 por Lusa

Política

Ensino Superior

"Para situações excecionais terá de haver decisões excecionais, pelo que se impõe a redefinição do quadro planeado do financiamento público para o ensino superior que se estende a 2023", defenderam os deputados do PSD Carla Madureira, Helga Correia e André Neves, anunciando que o seu partido defenderá a renegociação do contrato de legislatura.

Em comunicado, aqueles deputados eleitos pelo distrito de Aveiro alertam que "a crise pandémica começa agora a gerar impactes mais profundos", pelo que se justifica "a redefinição do contrato de legislatura.

Os três deputados do PSD afirmam-se também preocupados com o preço dos alojamentos para estudantes na cidade, que já superou o que é praticado em Coimbra.

A posição dos social-democratas surge na sequência de uma reunião com o reitor da Universidade de Aveiro (UA), Paulo Jorge Ferreira, que referiu os resultados de um inquérito realizado pela Associação Académica, dando conta dos elevados preços dos quartos.

"Há que reforçar a ação social na academia. É com preocupação que ouvimos a angústia do reitor, a braços com a dificuldade para cumprir o programa delineado, e não apenas na componente da internacionalização", referem.

Segundo os deputados, o elevado preço do alojamento "pode comprometer a componente da internacionalização que a reitoria deseja incrementar".

Na reunião, o reitor terá dado conta que "o estabelecimento de ensino gasta, hoje, muito dinheiro para manter alojamentos na cidade", mas Paulo Jorge Ferreira considera "imprescindível", tanto mais que a UA está obrigada a manter uma bolsa de residências vazias na cidade, para a eventualidade de ter de deslocar estudantes que venham a ser infetados pela covid-19.

 "A falta de incremento da ação social ainda não se fez sentir em grande escala porque os estudantes ainda não estão todos na Universidade, não havendo, por isso, uma real noção das necessidades com que a academia ver-se-á confrontada".

A Universidade de Aveiro tem inscritos para o novo ano letivo mais de 2.200 alunos, com todas as primeiras opções preenchidas, o que representa uma subida de 160 vagas.

A reitoria assumiu o esforço para garantir que os alunos de primeiro ano tivessem mais aulas presenciais, para permitir-lhes uma melhor integração, plano que implica uma alteração "significativa" no orçamento da Universidade, até porque inclui a distribuição de equipamento de proteção pessoal.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.957 pessoas dos 74.029 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

 

 

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