"A pior coisa que o Governo pode fazer no combate a esta pandemia é dividir os portugueses e permitir que se extremem posições em polos opostos. O apelo que faço é ao bom senso!" É assim que Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS, inicia uma mensagem, publicada esta tarde na sua conta oficial no Facebook. O líder centrista mostra-se contra a "obrigatoriedade da instalação" da StayAway Covid e defende uma "campanha em grande escala".
"Oponho-me à obrigatoriedade da instalação da app StayAway Covid e ao circo autoritário que o Governo está montar em torno da fiscalização", escreve, acrescentando: "Prefiro, em alternativa, uma campanha a sério de sensibilização em grande escala, pois só promovendo uma adesão voluntária em massa à app é que esta se torna uma arma eficaz".
Rodrigues dos Santos, por outro lado, aponta que também "não adere à berraria daqueles que têm o telemóvel cheio de apps" e "se recusam a instalar voluntariamente a StayAway Covid", sublinhando que esta "foi concebida por uma entidade transparente e está sujeita a enorme escrutínio para salvaguardar da privacidade dos utilizadores".
Recorde-se que o Governo, pela voz de António Costa, revelou esta quarta-feira, no final da reunião do Conselho de Ministros que, a partir de hoje, Portugal regressaria a um Estado de Calamidade, tendo ainda determinado oito medidas a tomar para tentar evitar a propagação da pandemia da Covid-19 no nosso país.
Uma das considerações que mais tem dado que falar é a obrigatoriedade do uso da aplicação StayAway Covid em âmbito laboral ou escolar e, sobre esta questão, André Silva, porta-voz do PAN, levantou as suas dúvidas, assim como já o tinha feito Francisco Louçã, fundador do Bloco de Esquerda.
Portugal registou, nas últimas 24 horas, um total de 11 mortes (um aumento de 0,52%) e 2.101 novos casos - batendo assim um novo recorde no número diário de infeções (uma subida de 2,30% em relação a ontem) - da Covid-19. Desde o início da pandemia, o nosso país já registou 2.128 óbitos e 93.294 casos confirmados.