O líder do PSD apontou o dedo, esta segunda-feira, ao primeiro-ministro, ao Partido Socialista (PS) e ao Bloco de Esquerda (BE) por mentirem aos portugueses ao acusarem-no de ter ultrapassado a "linha vermelha" devido à coligação do PSD Açores e o Chega, para formar o governo da região.
"Costa, PS e BE estão de cabeça perdida e estão a mentir aos portugueses. António Costa está a mentir quando diz que há um acordo nacional. O acordo a que se chegou foi nos Açores", vincou Rui Rio, reiterando que "não há nenhum acordo nacional nem com o Chega, nem com o PPM, nem com o Iniciativa Liberal, nem se quer com o CDS".
Para o presidente dos sociais-democratas, nos Açores, o Chega moderou-se ao propor medidas que não são consideradas fascistas, por isso houve negociação. Neste sentido, Rio admitiu: "No futuro, no Continente, se o Chega se moderar pode haver hipóteses de diálogo. Nos Açores, o Chega moderou-se", sustentou, a partir de uma declaração na sede do PSD e após uma reunião com a CIP por videoconferência.
Questionado sobre as medidas que possibilitaram o acordo nos Açores, Rui Rio revelou que foram quatro e reforçou que nenhuma é fascista. Aliás, disse estar mesmo de acordo com elas.
"O que foi decidido nos Açores para que o Chega vote a favor das propostas do PSD foi o seguinte: fazer uma proposta de redução dos deputados regionais, reduzir a subsidiodependência nos Açores, criar um gabinete de luta contra a corrupção, e aumentar a autonomia regional. Isto é fascista? Com estes pontos estou de acordo", sublinhou Rui Rio.
Reveja aqui a conferência de imprensa do líder do PSD: