PCP questiona se crítica do PSD a congresso é "encomenda" do Chega

O PCP questionou hoje se o PSD criticou a realização do congresso do partido, em tempos de pandemia, por "encomenda" do Chega, garantindo que a reunião vai fazer-se "com todas as condições de segurança sanitária".

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Lusa
20/11/2020 10:09 ‧ 20/11/2020 por Lusa

Política

Congresso

No debate, no parlamento, sobre a renovação do estado de emergência devido à pandemia de covid-19, o líder parlamentar comunista, João Oliveira, fugiu ao discurso escrito depois de ouvir a intervenção do deputado do PSD Adão Silva, que criticou o congresso dos comunistas que se realiza entre a próxima sexta-feira e domingo.

O deputado do PCP alertou para o risco de poderem estar a ser "sacrificados" direitos, como os políticos, nas medidas de contenção ao surto epidémico.

"O congresso vai-se realizar com todas as condições de segurança sanitária dando o exemplo daquilo que defendemos em relação a todas as áreas no país", disse.

O que João Oliveira ficou "sem saber" é se a posição de Adão Silva "corresponde ao pensamento do PSD" ou "se foi mais uma encomenda do Chega que o PSD cumpriu".

E fez a defesa da Constituição do país como garante do cumprimento de direitos para os portugueses, em estado de emergência.  

A bancada comunista vai votar, de novo, contra a o estado de emergência por considerar que as medidas adotadas nos últimos 15 dias serem uma "receita errada"

"A evolução negativa da situação económica e social verificada neste período confirma que as medidas restritivas estão a empurrar milhões de portugueses para o desemprego, a pobreza, o endividamento, a ruína, a incerteza e insegurança quanto ao futuro", afirmou.

Ao rejeitar a renovação do estado de emergência, disse, o PCP pretende insistir em "medidas de proteção sanitária e de pedagogia da proteção mas também, e sobretudo, de medidas de apoio para que a vida nacional possa ser desenvolvida em condições de segurança sanitária em vez de ser proibida ou suspensa".

João Oliveira afirmou que "o país não aguenta porque não consegue" os efeitos das medidas da primeira vaga da doença.

O país hoje em estado de emergência tem "mais cem mil desempregados que em 2019", está "fustigado pela ameaça de falência de milhares de micro, pequenas e médias empresas, com setores económicos inteiros perto do colapso", continuou.

"A receita aplicada em Portugal, mesmo que em dose diferente, é a mesma receita aplicada um pouco por toda a Europa" e "sustenta-se na esperança de que surja uma vacina" antes de adaptar as "condições de vida às circunstâncias impostas pela proteção contra o vírus, acrescentou.

"A prazo, esta receita tem riscos enormes. Não se confirmando a possibilidade de recurso à vacinação teremos então, já tarde, de fazer a adaptação da nossa vida coletiva pagando caro o custo desse atraso", concluiu João Oliveira.

pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.350.275 mortos resultantes de mais de 56,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 3.701 pessoas dos 243.009 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

 

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