O presidente da Câmara Municipal do Porto estreou-se, esta sexta-feira, num novo espaço de comentário na TVI24 e, antevendo um alívio das medidas de combate à pandemia de Covid-19 no Natal, considerou que "aquilo que o Estado de Direito deve evitar fazer é tentar impor regras que nós depois não vamos cumprir".
Aos olhos de Rui Moreira, a comunicação de Marcelo para decretar o sexto Estado de Emergência, "não foi surpreendente. [Foi] um pouco cautelosa. O Presidente da República tem procurado não inventar muito no seu discurso".
Lembrou o autarca que o chefe de Estado "deixou entreaberta a porta para a eventualidade de nos dias de Natal poder, de alguma maneira, haver um abrandamento destas medidas que depois serão retomadas até ao início de janeiro".
Na sua análise, "os portugueses têm cumprido genericamente bem as regras que têm sido impostas por esta circunstância e pelas decisões do Parlamento e do Governo". Com efeito, o político considera "prudente não criar aqui uma teia, um colete de forças que depois faça com que cada um de nós incumpra", assumindo que, "nessa medida, compreende a "mensagem do Governo".
Já sobre o Plano de Vacinação contra a Covid-19 apresentado esta semana pelo Governo, o político defende que o documento "não é rigorosamente um plano".
Tecendo críticas às opções logísticas, Rui Moreira lembrou a pressão que tem sido exercida sobre centros de saúde e defendeu que as farmácias poderiam ter sido consideradas na aplicação da vacina. "Ninguém vai entender que Portugal tenha vacinas em stock e não tenha recursos humanos", vincou.
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