Aliviar medidas no Natal foi "leviandade" do Governo e dos partidos
Marques Mendes antecipa que o confinamento geral que o Governo irá determinar para o país deverá durar um mês.
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Política Pandemia
Luís Marques Mendes considerou uma "leviandade" o alívio das medidas restritivas durante o período do Natal, culpabilizando o Governo, mas também os partidos. Apesar de ter sido o Executivo a tomar a decisão, a verdade é que "todos os partidos quiseram a mesma coisa", razão pela qual "estão todos metidos no mesmo barco".
"Quiseram aliviar as medidas no Natal. Isso é muito bonito, muito simpático, muito agradável, é popular, mas é uma leviandade", afirmou o comentador, no seu habitual espaço de comentário na SIC.
Para o social-democrata, que se baseia nas opiniões dos especialistas, "estamos agora a pagar" o preço desse alívio, com os hospitais e os profissionais de saúde a sentir cada vez maior pressão.
"Os números são muito muito preocupantes. Todos os especialistas, todos os médicos, todos os enfermeiros o dizem", frisou o comentador, fazendo um retrato dos hospitais. "É preocupante a dificuldade de acomodar todos os internamentos". Pior do que isso, continuou, é que "os profissionais de saúde não esticam. Com mais camas ou menos camas, são sempre os mesmos. Não esticam e estão exaustos".
Resumindo os números daquela que foi a pior semana desde o início da pandemia, Marques Mendes disse que o mais "inquietante" é mesmo o número de internamentos. "É isto que faz os hospitais poder romper pelas costuras" e o que "está a levar o SNS ao limite. E esta é a razão principal que leva de facto, provavelmente, a um confinamento", considerou.
Além do alívio das medidas no Natal, o social-democrata assinalou que, ouvindo os especialistas, há ainda outras duas razões a explicar este aumento diário do número de infeções.
Por um lado, "algum facilitismo, algum relaxamento por parte das pessoas ao longo dos últimos dias por causa da vacina". A "vacina criou grande esperança, grande expetativa", mas "as pessoas têm que meter na cabeça que o processo da vacinação vai ser lento e que não dispensa o cumprimento de todas as medidas", alertou. Por outro lado, "pode haver influência daquelas variantes do vírus", porque "Portugal não é uma ilha, as pessoas circulam e, portanto, essas novas variantes multiplicam mais facilmente os contágios".
Por fim, Marques Mendes antecipou que "vamos ter é mesmo um confinamento geral porque acho que não há alternativa" e que este deverá vigorar durante um mês, "sendo que a intenção do Governo é poder fazer alguns alívios na segunda quinzena".
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