Emergência "até 13 de fevereiro" e depois "há o problema do Carnaval"
Paulo Portas sublinhou que o pico desta vaga deverá ser atingido esta semana e que medidas mais restritivas já podiam ter sido tomadas. No seu espaço de comentário semanal, o ex-ministro reiterou: "Facilita-se em dezembro paga-se a fatura em janeiro".
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Política Paulo Portas
Com o regresso a um confinamento geral no país, Paulo Portas previu que o Estado de Emergência deva vigorar até dia 13 fevereiro, contando com mais duas renovações.
Contudo, em declarações, no seu espaço de comentário semanal na TVI, durante a noite deste domingo, o ex-dirigente do CDS recordou que "depois há o problema do Carnaval, que tem ponte, o que pode prolongar a necessidade do decreto do Estado de Emergência.
"A situação não é boa. Caímos outra vez na categoria dos países de elevado risco. Isto era inevitável", defendeu.
Sobre a evolução da situação epidemiológica no país, o antigo ministro referiu que os "cientistas apontam para que se possa atingir o pico algures durante esta semana" e, de acordo com uma conversa que teve com um especialista, "se estivermos mais uma dezena de dias com 10 mil novos contágios diários o sistema colapsa".
"Parece-me que a regra geral é ficar em casa, com algumas exceções que já aconteceram em março, como por exemplo, com a indústria a continuar a trabalhar na medida do possível e a restauração, para não perder tudo, reconvertendo-se em take away", conjeturou.
Sobre se se deveria avançar com o encerramento das escolas, Paulo Portas sublinhou que esta é uma matéria na qual "há um grande dilema, uma grande divisão e, sobretudo, não evidência científica em nenhum sentido". Ou seja, para o comentador, perante "teses contraditórias", as portas das escolas fecharem não é, por enquanto, a solução.
Ainda assim, Paulo Portas considerou que já podiam ter sido tomadas medidas mais apertadas, perante o crescimento da pandemia, e que não seria necessário esperar pela reunião com os especialistas, marcada para amanhã, no Infarmed. "Medidas já podiam ter sido tomadas. Nós importámos a burocracia e nunca nos conseguimos livrar dela", atirou.
Por fim, o ex-dirigente partidário opôs-se novamente ao alívio das restrições durante este Natal. "Como disse na altura, o primeiro-ministro entre ser prudente e ser popular, escolheu ser popular", frisou.
"Facilita-se em dezembro paga-se a fatura em janeiro", concluiu.
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