"Até que ponto não vai ser necessário um reforço das medidas que integram o programa?", perguntou Eduardo Ferro Rodrigues, na sessão de abertura da audição sobre o Programa de Trabalho da Comissão Europeia para 2021, dirigindo-se à comissária europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira.
Ferro Rodrigues, que presidiu à audição na Assembleia da República, afirmou que as prioridades da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) estão em linha com o programa da Comissão, nomeadamente no que respeita a uma Europa resiliente, verde, digital, social e global.
Os objetivos estratégicos da agenda do bloco comunitário para 2021 adquirem também uma "grande afinidade" com os do trio de presidências de Alemanha, Portugal e Eslovénia, definidos em junho de 2020, acrescentou.
Segundo o presidente do Parlamento português, a agenda da Comissão Europeia deve ser encarada como "um instrumento para operar a mudança", através "do desenvolvimento de políticas conscientes com impacto na vida dos cidadãos", seja no domínio da transição ecológica ou digital, seja no plano do reforço das instituições.
Por isso, Ferro Rodrigues apelou à Assembleia da República que assuma "a responsabilidade de assegurar a dimensão parlamentar da presidência e a execução das suas prioridades".
"As circunstâncias exigem de todos nós responsabilidade, capacidade e, nos dias que vivemos, lucidez", concluiu, pedindo uma resposta aos desafios atuais que aproxime os cidadãos do projeto europeu.
A audição, de caráter anual, visa debater as iniciativas europeias pelos deputados portugueses ao Parlamento Europeu, à Assembleia da República e às Assembleias Legislativas Regionais da Madeira e dos Açores.
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