A partir das 00h00 de sexta-feira, 'ficar em casa' volta a ser a principal regra e o país volta a confinar. À semelhança do que aconteceu em 2020, o comércio e o retalho voltam a encerrar, o teletrabalho passa a ser obrigatório e os restaurantes funcionam exclusivamente para entrega ao domicílio ou take-away.
Neste novo confinamento, os estabelecimentos culturais voltam a encerrar, mas as cerimónias religiosas podem manter-se, lógica esta que não é compreensível para a deputada do Partido Socialista, Isabel Moreira.
"Acho ótimo que a liberdade de culto possa ser exercida. Há, de facto, formas de evitar contágios numa celebração religiosa. Não entendo, porém, na lógica da redução ao mínimo possível das restrições, por que não podemos continuar a usufruir de espetáculos e de equipamentos culturais", escreveu na sua página oficial de Facebook, acrescentando que "sabemos que a cultura é mesmo segura".
Isabel Moreira refere ainda que nos espetáculos culturais o distanciamento está garantido e que não se retiram as máscaras, "pelo que seria uma exceção benéfica para o setor e para a nossa saúde mental".
Já quanto à decisão de decretar um novo confinamento, a deputada socialista não tem dúvidas de que era absolutamente necessário.
"Vamos confinar para salvar vidas. Não vejo como não aderir a uma decisão que ninguém queria, que se tentou evitar, mas que no sufoco dos números de infetados e de hospitais no limite das suas capacidades teve mesmo de ser tomada", escreveu, assumindo não conseguir imaginar o "desespero do precipício do momento em que eventualmente terá de se escolher entre vidas".
Numa breve reflexão sobre qual o seu papel enquanto cidadã durante a pandemia, Isabel Moreira refere que "fez os possíveis", utilizando máscara, mantendo o distanciamento social e através da lavagem de mãos, mas reconhece que teve os seus "momentos de relaxamento".
"Fui humana. E estamos a pagar o preço de sermos humanos", concluiu.
Pode consultar aqui todas as medidas que entram em vigor às 00h00 de sexta-feira.
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