Ana Gomes promete nomeação de mulheres em órgãos de decisão
A candidata presidencial Ana Gomes afirmou hoje que, se for eleita, irá assegurar "uma representação adequada das mulheres em todos os órgãos de decisão" e praticar a paridade de género nas nomeações que dependam do chefe de Estado.
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Política Presidenciais
"Como Presidente da República acho que posso fazer a diferença sendo uma mulher, esta mulher com esta sensibilidade", afirmou Ana Gomes, na conversa online que promove diariamente nas suas redes sociais, hoje sobre o tema "Portugal, país inclusivo, de todos e de todas".
A candidata considerou que um dos "instrumentos que o Presidente da República tem na sua mão é o das nomeações para diferentes cargos e instituições".
"É fundamental que seja assegurada a paridade de género, é fundamental que seja assegurada a representação de mulheres em todos os órgãos de decisão, designadamente os que estão na dependência de quem é Presidente da República", disse.
Ana Gomes assegurou que, sendo eleita, essa será uma responsabilidade da qual não se demitirá.
"Através dela, procurarei garantir a adequada representação das mulheres nos diversos órgãos de poder, e que essas mulheres tratem de fazer a diferença por melhores decisões, por políticas públicas consequentes nas diversas áreas que realizem os objetivos do Estado social", afirmou.
Um dos convidados de hoje foi o deputado e líder da concelhia do PS/Porto Tiago Barbosa Ribeiro, que já tinha expressado publicamente o seu apoio à militante e antiga eurodeputada do PS (que não conta com o apoio do seu partido, que deu liberdade do voto, mas do PAN e do Livre).
"É com muito gosto que estou aqui neste debate a apoiar esta candidatura, uma candidatura em que se reveem muitos socialistas e que, na valorização de uma candidatura de esquerda às eleições presidenciais, tem vindo certamente a conquistar o apoio de muitos portugueses", afirmou.
Tiago Barbosa Ribeiro, que passou em revista as políticas sociais do atual Governo liderado por António Costa, alertou que "sem Estado social, sem transferências sociais, 45% dos portugueses eram pobres", valor que se situa atualmente nos 17% e defendeu que nem o Governo nem o Presidente da República podem desistir destes pobres.
"Se não percebermos que o Estado social é o cinto de segurança da nossa democracia vamos perder muitos portugueses, no desespero, na miséria, para soluções políticas radicais", afirmou, apontando o "desligar social" como o grande "fermento dos populismos".
O deputado socialista procurou desmontar o que disse serem alguns "preconceitos e mentiras" sobre o Rendimento Social de Inserção, frisando que 34% dos 267 mil beneficiários desta prestação em 2019 eram crianças, jovens e idosos e apenas entre 3 e 6% pertenciam à comunidade cigana.
"Gostaria de lembrar e fazer justiça a alguém que nos está a acompanhar, o Paulo Pedroso", afirmou, lembrando o papel do ex-ministro do Trabalho na coordenação do grupo - impulsionado por Ferro Rodrigues - que criou o então Rendimento Mínimo Garantido.
Paulo Pedroso integra a estrutura organizativa da candidatura de Ana Gomes a Presidente da República e não marcou, até agora, presença em qualquer dos momentos de campanha no período oficial.
Devido à pandemia de covid-19, Ana Gomes substituiu os tradicionais comícios ou sessões de esclarecimento com eleitores por conversas online, transmitidas diariamente em direto nas redes sociais da candidata pelas 18:00, com figuras políticas e especialistas nas áreas dos vários compromissos, uma iniciativa intitulada "Portugal é consigo, Portugal é connosco".
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