"Sou contra qualquer tipo de protesto violento contra qualquer candidato. Ninguém actua de forma violenta em meu nome", assegurou Ana Gomes, no Twitter, momentos depois do protesto em Setúbal, no decorrer de uma ação de campanha do candidato André Ventura, e que obrigou a intervenção policial.
Em declarações à RTP, mais tarde, a militante do PS reforçou a mensagem de condenação, afirmando que não tem "rigorosamente nada a ver" com qualquer ato de violência. "A democracia, para mim, é apostar no diálogo, no debate, e no voto, e não é, de maneira nenhuma, violência", defendeu.
Ana Gomes disse ainda não estar à espera de ver imagens destas numa campanha. "Em nenhuma campanha é tolerável a violência. (...) Lamento qualquer ato de violência que, do meu ponto de vista, é a denegação da democracia".
O comício de André Ventura esta quinta-feira ficou marcado por momentos de tensão, envolvendo o arremesso de pedras, o que justificou a intervenção da polícia para dispersar os envolvidos no protesto.
De acordo com a TVI24, o candidato do Chega terá sido atingido por objetos atirados pelos manifestantes assim que saiu do auditório.
"Foram arremessadas pedras e vários objetos que podiam ferir alguém. A PSP tentou até ao fim evitar que isto acontecesse,(...) mas um Estado de Direito não pode permitir que isto aconteça", afirmou o comandante distrital de Setúbal à televisão de Queluz.
Sou contra qualquer tipo de protesto violento contra qualquer candidato. Ninguém actua de forma violenta em meu nome.
— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) January 21, 2021
O corpo de intervenção da Polícia de Segurança Pública esteve no local e forçou os manifestantes a dispersarem, em ambiente de grande tensão, exibindo os bastões. Fonte da PSP no local acrescentou, em declarações à agência Lusa, que foi detido um dos manifestantes.
Logo após o arremesso de pelo menos uma pedra e outros objetos, os seguranças privados de André Ventura protegeram o candidato presidencial até ao interior de uma viatura, que arrancou do local.