António Costa apela ao voto apesar de demorar "mais um bocadinho"
O primeiro-ministro, António Costa, apelou hoje ao voto, apesar de "demorar um bocadinho mais" por causa da pandemia, e agradeceu às pessoas que "estão a sacrificar o seu domingo" para assegurar o funcionamento do ato eleitoral.
© Reuters
Política Presidenciais
"Queria agradecer, muito em particular, aos milhares de pessoas que estão a sacrificar o seu domingo para estarem nas mesas de voto, para assegurarem o normal funcionamento deste ato eleitoral", disse António Costa, pouco depois de votar para as eleições presidenciais, nas Escola Básica Jorge Barradas, em Benfica, concelho de Lisboa.
O chefe do Governo recordou que "hoje demora um bocadinho mais tempo a votar", no entanto, é apenas de cinco em cinco anos -- no caso das eleições para a Presidência da República -- que os cidadãos têm a "honra de poder votar para escolher quem é a pessoa que será a Presidente ou o Presidente dos portugueses".
"É o nosso dever participar e que, de novo, apelar a todos para que participem", completou.
António Costa votou pelas 12:45 e demorou cerca de 30 minutos até conseguir exercer o direito de voto na secção 13.
Questionado pelos jornalistas sobre se receia que as filas, como a que se verificou na Escola Básica Jorge Barradas e na qual Costa também aguardou, possam dissuadir os eleitores, o líder do executivo socialista recordou que as eleições não ocorrem todos os dias: "obviamente, para mantermos as normas de segurança e distanciamento levamos mais tempo".
"Estas eleições não vão ser comparáveis a nenhumas outras. Primeiro pela situação de pandemia, porque, naturalmente, desde logo, as pessoas que estão confinadas e que ficaram confinadas depois do limite do prazo para poderem fazer o voto antecipado, pura e simplesmente, não vão poder votar. Há pessoas que não vêm votar por receio" associado à covid-19, explicitou.
O primeiro-ministro acrescentou que como foi alterado "substancialmente o universo de eleitores no estrangeiro, de portugueses residentes" fora de Portugal, por causa do recenseamento automático, "só isso faria sempre aumentar a chamada abstenção técnica".
Por isso, "comparações entre a abstenção desta eleição" e a de anteriores "não faz qualquer sentido, portanto, quem quer que venha a ser eleito em nada terá a sua legitimidade minimamente diminuída".
Contudo, é a "representação" dos portugueses que "fica diminuída", já que "se não escolhermos não nos podemos queixar da escolha dos outros".
António Costa acrescentou que "convém não esquecer que muitos lutaram para instalar a República" e para permitir que "o voto para a escolha do Presidente da República fosse um voto livre, democrático, diretamente escolhido pelos cidadãos", advogando que é também daí que vem "a força do próprio Presidente da República" e "a sua legitimação".
Interpelado também sobre se receia um aumento do número infeções pelo SARS-CoV-2 por causa das eleições, o primeiro-ministro respondeu que "estão a ser asseguradas" as regras de distanciamento físico, de higienização, de utilização de equipamentos de proteção individual, apesar do "momento gravíssimo da pandemia".
Portugal elege hoje o 20.º Presidente da República e o sexto em democracia. Para o sufrágio estão inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que nas eleições presidenciais de 2016.
Os sete candidatos aparecem no boletim de voto pela seguinte ordem: Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
As assembleias de voto para as eleições presidenciais abriram às 08:00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19:00. Nos Açores abriram e encerram uma hora mais tarde devido à diferença horária.
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