PCP quer "acelerar o processo de vacinação" em Portugal

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu hoje que se deve acelerar o processo de vacinação contra a Covid-19 a toda a população, no final de encontro com o Presidente da República.

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© Presidência da República

Lusa
27/01/2021 17:03 ‧ 27/01/2021 por Lusa

Política

Coronavírus

 

Jerónimo de Sousa aproveitou o encerramento de um encontro, em Lisboa, sobre a TAP, para explicar o que foi dizer, por videoconferência, a Marcelo Rebelo de Sousa na véspera de ser decidida renovação do estado de emergência no país por mais 15 dias e em que insistiu nos apoios aos trabalhadores e às empresas.

No entanto, o líder dos comunistas disse ter proposto "acelerar o processo de vacinação a toda a população, recorrendo, se necessário, à diversificação da sua aquisição" de forma a não ficar dependente de eventuais problemas com as farmacêuticas que têm acordos com a União Europeia (UE).

De resto, o secretário-geral do PCP, que quer esperar pela sua vez e não ser vacinado como deputado, mas sim como cidadão, repetiu aquilo que tem vindo a dizer após sucessivas rondas de audiências com Marcelo.

Por um lado, disse que é preciso "responder decididamente às medidas de reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", nomeadamente ponto em prática "medidas que no Orçamento do Estado ficaram consagradas, muitas por proposta do PCP)".

É necessário, defendeu ainda, "garantir uma efetiva proteção sanitária nos locais de trabalho e no transporte de todos aqueles que têm de ir trabalhar todos os dias".

Em quarto lugar, "impõe-se o apoio, a proteção social e salvaguarda das remunerações a 100% para os trabalhadores, dos direitos daqueles em situação de teletrabalho", como a assistência à família, a par de respostas para "milhares de pequenas empresas" e uma "aposta no investimento público", que ajude à dinamização económica.

O Presidente da República termina hoje mais uma ronda de audiências com os partidos políticos com assento parlamentar, por videoconferência, sobre a renovação do estado de emergência.

Hoje foi a vez do PCP, BE, PSD e PS serem ouvidos a partir das 14:00, depois de, na terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa já ter reunido à distância com a Iniciativa Liberal, Chega, PEV, PAN e CDS-PP.

O atual período de estado de emergência para permitir medidas de contenção da covid-19 termina às 23:59 do próximo sábado, 30 de janeiro.

Ao abrigo do estado de emergência, o Governo impôs um dever geral de recolhimento domiciliário e a suspensão de um conjunto de atividades, que vigoram desde 15 de janeiro.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.159.155 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 11.305 pessoas dos 668.951 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

 

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