PS pede para que a pandemia não seja objeto de "demagogia" política

A líder parlamentar do PS afirmou hoje que a grave situação epidemiológica de Portugal não pode ser objeto de demagogia política, numa intervenção em que elogiou a "resiliência" do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

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Lusa
28/01/2021 15:19 ‧ 28/01/2021 por Lusa

Política

Covid-19

 

Esta posição foi transmitida por Ana Catarina Mendes, na Assembleia da República, na abertura do debate sobre o pedido de autorização de renovação do Estado de Emergência por mais de 15 dias, até 14 de fevereiro, para permitir medidas de contenção da covid-19.

"A importância da pandemia não pode e não deve ser motivo demagogia ou de aproveitamento político. Recusar uma vacina, porque pode parecer popular, é na verdade esconder o risco de não ser vacinado poder colocar em risco a vida de outros", advertiu a líder da bancada socialista.

Na sua intervenção, Ana Catarina Mendes apontou que há hoje em Portugal "mais infetados, mais internados e mais mortos" em consequência da covid-19, e salientou que "há uma estirpe inglesa" do novo coronavírus que continua a ameaçar e condicionar a vida dos cidadãos.

"Ao longo destes meses, os profissionais de saúde não pouparam esforços na luta contra a pandemia, com enorme sacrifício, empenho pessoal e sentido de missão", disse, antes de lembrar o fundador do PS e antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut.

"Hoje António Arnaut faria 85 anos. A eles estamos gratos e reconhecidos pela resiliência e qualidade do SNS", sustentou, recebendo palmas da bancada socialista.

Este é o décimo diploma do estado de emergência que Marcelo Rebelo de Sousa submete ao parlamento no atual contexto de pandemia de covid-19, e será discutido e votado pelos deputados na quinta-feira à tarde.

De acordo com a Constituição, cabe ao chefe de Estado decretar o estado de emergência, mas para isso tem de ouvir o Governo e de ter autorização da Assembleia da República.

O atual período de estado de emergência termina às 23:59 do próximo sábado, 30 de janeiro, e foi aprovado no parlamento com votos favoráveis de PS, PSD, CDS-PP e PAN, uma maioria alargada face às votações anteriores.

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