Presidente do CCP elogia participação dos emigrantes e pede voto postal

O presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), Flávio Alves Martins, elogiou no sábado a participação dos emigrantes portugueses nas eleições presidenciais de domingo, tendo saudado "o repto pelo voto postal" do chefe de Estado eleito.

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Lusa
31/01/2021 00:10 ‧ 31/01/2021 por Lusa

Política

Presidenciais

 

Numa publicação na rede social Facebook, Flávio Alves Martins saudou a "desmaterialização dos cadernos eleitorais e o registo informático", que "facilitaram a votação" e aumentaram o universo eleitoral das comunidades portuguesas.

O presidente do CCP destacou a elevada participação dos portugueses no estrangeiro, "mesmo com o voto exclusivamente presencial, pandemia, deslocações limitadíssimas e reduzidas mesas de voto".

"Portanto, há que se comemorar e melhorar as condições para que esse número seja geometricamente ampliado nas próximas eleições, o que foi destacado pelo Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa], inequívoca e retumbantemente (re)eleito, ao lançar o repto pelo voto postal nas Comunidades para as próximas Presidenciais, durante seu discurso da vitória", sublinhou o presidente do CCP.

Flávio Alves Martins assinalou que o CCP tem proposto a pluralidade das modalidades de voto - como nos formatos presencial, postal e eletrónico - para todos os atos eleitorais, assim como "o desdobramento das assembleias de voto", permitindo a utilização de consulados honorários ou de associações registadas para as permanências consulares, bem como a "ampla e prévia divulgação dos atos eleitorais e seus procedimentos em linguagem clara".

O presidente do CCP apontou que em 25 de novembro foi enviada uma "carta assinada pela totalidade dos conselheiros" ao Governo, à Comissão Nacional de Eleições, aos partidos políticos com representação parlamentar e à Presidência da República com estas propostas, mas que ainda que de forma atempada, "pouco resultou".

Nesse sentido, Flávio Alves Martins apelou para que não se coloque a culpa da abstenção nas comunidades.

"Só não apontem o dedo que as comunidades não querem votar; a responsabilidade do absenteísmo elevado é de todos", acrescentou.

As eleições presidenciais de 24 de janeiro tiveram cerca de 170 mesas de voto em 150 serviços consulares no estrangeiro, um aumento de perto de 30% relativamente ao número de mesas de voto constituídas em 2016 (121), mas ainda assim insuficiente para o CCP.

Segundo dados do Ministério da Administração Interna, há até agora registo de 29.114 votos no estrangeiro, não havendo ainda resultados de um consulado.

Marcelo Rebelo de Sousa, com o apoio do PSD e CDS, foi reeleito Presidente da República nas eleições de domingo, com 60,70% dos votos, segundo os resultados provisórios apurados em todas as 3.092 freguesias e quando faltava apurar três consulados.

A socialista Ana Gomes (apoiada pelo PAN e Livre) foi a segunda candidata mais votada, com 12,97%, seguindo-se André Ventura (Chega) com 11,90%, João Ferreira (PCP e Verdes) com 4,32%, Marisa Matias (Bloco de Esquerda) com 3,95%, Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal) com 3,22% e Vitorino Silva (Reagir, Incluir e Reciclar - RIR) com 2,94%.

A abstenção foi de 60,5%, a percentagem mais elevada de sempre em eleições para o Presidente da República.

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