Uso indevido de vacinas? Devia estar prevista "uma penalização criminal"
Ainda que indignado com as notícias de uso indevido da vacina, Miguel Sousa Tavares defende que a situação era previsível.
© Global Imagens
Política Miguel Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares mostrou-se "indignado" com os casos que têm sido noticiados pela comunicação social sobre o uso indevido de doses de vacinas contra a Covid-19 no país.
No seu espaço de comentário na TVI, Sousa Tavares considerou, contudo, que estas situações podiam ter sido evitadas: "Tudo isto era previsível, há sempre quem aproveite para subverter as leis da decência humana".
Para o comentador, estes casos de pessoas que receberam a vacina sem constarem da lista prioritária, é apenas "a ponta do icebergue", sublinhando que na "corrupção não é só dinheiro, faz parte da natureza humana".
"Não há oportunidade melhor para a corrupção do que deitar a mão antes de tempo por baixo da mesa a uma coisa, que é uma vacina que pode fazer a diferença entre a vida e a morte. E aqueles que estão em posição de a distribuir estão numa posição extraordinária para usar esse meio de corrupção", alertou.
Reiterando que estas situações podiam ter sido evitadas com um simples cálculo entre as pessoas que estavam previstas ser inoculadas e quantas doses poderiam sobrar, Sousa Tavares defendeu também que, a par do que está a ser determinado agora, deve haver uma lista de pessoas a vacinar sobresselente.
Mais, para o comentador, quem usasse indevidamente a vacina, deveria ser penalizado criminalmente. "Só agora que é que estamos a falar disso, é mais uma coisa em que corremos atrás do prejuízo", criticou.
Autarcas, dirigentes de lares, funcionários da Segurança Social e do INEM estão no centro dos vários casos de vacinação indevida denunciados em vários pontos do país, alguns a ser alvo de inquéritos por parte do Ministério Público.
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