"Os portugueses podem ter confiança no trabalho que está a ser feito porque está a ser feito com rigor", afirmou a deputada, nos Passos Perdidos do parlamento.
Sónia Fertuzinhos escusou-se a adiantar nomes ou perfis de pessoas defendidos pelo PS para substituírem o demissionário coordenador do grupo de trabalho ('task force') responsável pelo processo de vacinação anti-covid-19 em Portugal, Francisco Ramos, por se tratar de "competência exclusiva do Governo".
"[O Plano de Vacinação contra a covid-19] está a decorrer ao ritmo previsto, tendo em conta o ritmo a que as vacinas vão chegando da União Europeia. OS portugueses podem ter confiança na forma como o plano está a ser executado", insistiu.
Sobre as irregularidades várias na inoculação de pessoas não prioritárias, a deputada socialista também garantiu que "os alegados abusos que têm vindo a público estão a ser investigados" e "os que se provarem, devem ser devidamente penalizados e sofrer as consequências adequadas".
"Confiamos na capacidade do Serviço Nacional de Saúde de implementar com sucesso, até ao fim, este Plano de Vacinação", acrescentou.
Sónia Fertuzinhos classificou ainda Francisco Ramos como "uma das pessoas mais capaz do país" para a função que exercia, deixando-lhe "uma palavra de reconhecimento pelo trabalho que estava a desenvolver".
Ramos, demitiu-se hoje do cargo, anunciou o Ministério da Saúde em comunicado, esclarecendo que a decisão decorre de "irregularidades detetadas pelo próprio no processo de seleção de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, do qual é presidente da comissão executiva".
O Ministério Público já abriu inquéritos em relação a casos que envolvem o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de Lisboa e do Porto, a Segurança Social de Setúbal e outras instituições onde há indícios de irregularidades na vacinação contra a covid-19, nomeadamente de pessoas que não faziam parte das listagens de casos prioritários.
Portugal registou hoje 240 mortes relacionadas com a covid-19 e 9.083 casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), cujo boletim diário revelou estarem internadas 6.684 pessoas, menos 91 do que na terça-feira, das quais 877 em unidades de cuidados intensivos, mais 25.
Desde março de 2020, morreram 13.257 pessoas no país de um total de 740.944 casos de infeção confirmados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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