Com a perda de estatuto de país totalmente democrático para passarmos a ser considerados "uma "democracia com falhas", divulgada ontem por um estudo da revista The Economist, a Juventude Social Democrata (JSD) enviou, esta quinta-feira, um ramo de cravos vermelhos para o Largo do Rato, sede do Partido Socialista (PS).
A iniciativa foi tomada "em jeito de protesto" é referido num comunicado enviado às redações. Neste, é ainda recordado que, em 2019, "Portugal era classificado como uma democracia plena e no ano passado, em 2020, caracterizou-se como uma democracia imperfeita, de acordo com os dados da revista".
O relatório de 2020 esta terça-feira divulgado pela The Economist Intelligence Unit, com o título 'Na saúde e na doença?', coloca Portugal e França no mesmo patamar e exatamente com o mesmo avanço e recuo: ambos os países tinham na edição anterior avançado para "país totalmente democrático" e ambos perderam agora esta categoria, sendo os únicos na Europa Ocidental a registarem estes movimentos.
Em ambos os casos, as restrições impostas como forma de conter a propagação da Covid-19, nomeadamente os confinamentos gerais, o distanciamento social e várias outras medidas, explicam grande parte da queda da categoria de "país totalmente democrático" para "democracia com falhas".
A par da reversão das liberdades democráticas por causa da pandemia, outra das questões que contribuíram para a quebra da pontuação média de Portugal no Índice foram a redução dos debates parlamentares ou ainda "a falta de transparência no processo de nomeação do presidente do Tribunal de Contas".
Com a pontuação global de 7.90 (em 10) Portugal situa-se agora na posição 26 na classificação geral e 15 na classificação regional.
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