"Nós já o reiteramos através das nossas estruturas locais, através da concelhia do Porto, que estamos como sempre estivemos ao lado de Rui Moreira. No caso de tomar a decisão da sua recandidatura, estaremos uma vez mais disponíveis para o apoiar e pela terceira vez ganharmos as eleições para a Câmara do Porto", afirmou, quando questionado, no Porto, sobre se seria a favor de uma "grande coligação de direita" de apoio à recandidatura de Rui Moreira.
O líder centrista, que falava aos jornalistas no final de uma reunião com empresários do setor da restauração, bares e eventos, salientou que os outros partidos terão "naturalmente" que fazer a sua avaliação e reponderar a estratégia política, mas a posição do CDS será a mesma.
"Não temos dúvidas onde sempre estivemos e onde devemos estar porque acreditamos no projeto para o Porto, uma cidade cosmopolita, desenvolvida do ponto de vista social, económico e cultural. Um programa que já tem provas dadas, com o CDS sempre realizado e confortado do ponto de vista político", disse.
Na terça-feira, o Expresso noticiou que o vice-presidente do PSD, Salvador Malheiro, se encontrou na quinta-feira com Rui Moreira para lhe propor uma coligação nas eleições autárquicas, mas o presidente da Câmara do Porto terá recusado a investida.
Segundo uma fonte do partido liderado por Rui Rio, citada pelo semanário Expresso, o objetivo do encontro foi propor que Rui Moreira fosse a votos numa coligação de centro direita, formada pelo PSD, CDS e o Movimento Independente.
Segundo a mesma publicação, Rui Moreira terá recusado o convite para concorrer nas listas sociais-democratas, mas não repudiou um eventual apoio do maior partido da oposição.
Mais tarde, em declarações ao Expresso, Salvador Malheiro afirmou ser "falso" que o PSD tenha solicitado a Rui Moreira para se recandidatar nas próximas autárquicas como independente nas listas sociais-democratas.
No final da reunião desta manhã, Francisco Rodrigues dos Santos indicou ainda ser expectável que o acordo programático entre CDS e PSD com vista à celebração de acordos pré-eleitorais, atualmente em construção, esteja concluído nas "próximas semanas".
"Depois é passada a palavra às nossas estruturas de base, às concelhias e às distritais, onde serão negociadas as coligações caso a caso, mediante a realidade e o contexto de cada município", rematou.