Covid? "Povo português cumpriu na sua obrigação, mas o Governo não"
"É muito importante que assim que possível - e quando possível - as escolas possam reabrir, começando pelas crianças mais jovens: creches, pré-escolar e primeiro ciclo", apontou Catarina Martins. Marcelo Rebelo de Sousa continua hoje a ouvir os partidos com assento parlamentar.
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Política Catarina Martins
Marcelo Rebelo de Sousa continua, esta quarta-feira, a ouvir os partidos com assento parlamentar no âmbito da renovação do Estado de Emergência e, após o encontro com o Bloco de Esquerda, a coordenadora do partido, Catarina Martins, destacou que "o número de infetados no país tem vindo a cair de forma consistente", apontando, contudo, que "há menos testagem do que existia" e o "número de internamentos e de pessoas em UCI é ainda muito elevado".
A líder do BE apontou também que a situação "merece ainda toda a preocupação e todas as cautelas". Tendo em conta a evolução do número de infetados, "o que sabemos hoje é que o povo português cumpriu na sua obrigação de controlar a pandemia", mas, "infelizmente, o Governo não cumpriu".
E Catarina Martins justificou: "Não cumpriu porque os apoios sociais e apoios à Economia tardam a chegar e este tem sido um confinamento muito pesado, não cumpriu porque não temos ainda um plano de desconfinamento".
Sublinhando que "não está nas mãos" do Executivo dizer qual o dia em que se vai desconfinar as atividades, a coordenadora do BE advogou, ainda assim, que "sabemos que o aumento da testagem não foi ainda posto no terreno, sabemos que as escolas não têm ainda mais condições e este era o momento em que precisávamos de estar a por no terreno todos os meios".
"É muito importante que assim que possível - e quando possível - as escolas possam reabrir, começando pelas crianças mais jovens: creches, pré-escolar e primeiro ciclo", acrescentou. Para o fazer, são, na ótica do Bloco de Esquerda, "necessário que haja condições de mais pessoal docente e não docente nas escolas" e para "desdobrar turmas e manter distância", assim como o rastreamento.
Questionada sobre alterações que o diploma do Estado de Emergência que Marcelo Rebelo de Sousa poderá formalizar, Catarina Martins escusou-se a comentar: "Digo isto várias vezes, mas o Presidente da República dirá à comunicação social e, nós nunca dissemos o que foi dito nas reuniões".
De lembrar que o Presidente da República continua hoje a ouvir os partidos com assento parlamentar, por videoconferência, sobre a renovação do Estado de Emergência.
Na quinta-feira, o Parlamento reúne-se para debater a provável renovação do Estado de Emergência, que deverá ter efeitos entre 2 e 16 de março e será a 12.ª declaração na atual conjuntura de pandemia de Covid-19.
O atual período termina às 23h59 da próxima segunda-feira, 1 de março.
[Notícia atualizada às 16h07]
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